O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defendeu ontem (16) que empreiteiras envolvidas na Opera��o Lava Jato admitam que superfaturaram projetos da Petrobr�s e devolvam o dinheiro desviado antes de voltarem a assinar novos contratos com a petrol�fera.
Na semana passada, o Estado adiantou que a estatal trabalha para fechar acordos de leni�ncia com as empreiteiras. Segundo o ministro, esse � a �nica solu��o para evitar o pior: que as consequ�ncias da Lava Jato, opera��o na qual a Pol�cia Federal investiga desvios em contratos da Petrobr�s, inviabilizem a produ��o de petr�leo, inclusive no pr�-sal.
�H� um risco para o Pa�s que � muito s�rio. Contratos (com empreiteiras) foram implementados e foram eles que permitiram o crescimento da curva de produ��o de petr�leo�, afirmou Braga.
H� um impasse entre as empresas e as autoridades para a assinatura das leni�ncias. Para tentar obter os acordos, a Petrobr�s sinalizou que deixar� de contratar no Brasil e recorrer� ao mercado internacional.
Na virada do ano, a estatal j� caminhou nessa dire��o, ao lan�ar concorr�ncia internacional convocando estrangeiras a fornecer equipamentos para plataformas, um contrato que foi retirado da ga�cha Iesa, investigada pela PF.
Continuidade
Os reflexos da Lava Jato no projeto de incluir o Pa�s no seleto grupo de exportadores de petr�leo nos pr�ximos anos preocupa o governo. Para que n�o seja interrompido, segundo Braga, a atual diretoria da Petrobr�s deve ser mantida, inclusive Gra�a Foster, presidente da empresa.
�A curva de produ��o de petr�leo no Brasil voltou a crescer, fruto do trabalho dessa dire��o da Petrobr�s. N�o vamos fazer o linchamento do que n�o existe�, afirmou Braga. No dia anterior, o ministro j� havia garantido a perman�ncia da executiva � frente da petrol�fera.
Nem mesmo os ataques � atual presidente feitos pelo ex-diretor Internacional da companhia Nestor Cerver�, em depoimento � PF, abalam a convic��o do ministro em defesa de Gra�a. Cerver� afirmou que ela participou de reuni�o com Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, suposto operador do PMDB dentro da Petrobr�s. Para que a acusa��o de Cerver� tenha validade, disse Braga, �ele ter� que apresentar provas�.
O ministro disse que esteve com Gra�a recentemente e que, em nenhum momento, a presidente da Petrobr�s mencionou inten��o de pedir demiss�o. Em dezembro, em encontro de fim de ano com a imprensa, Gra�a disse ter entregue o cargo � presidente Dilma Rousseff por tr�s vezes, desde que not�cias de desvios vieram a p�blico. (Fernanda Nunes) As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.