S�o Paulo, 19 - O apag�o ocorrido nesta segunda-feira, 19, em alguns Estados do Pa�s acende mais uma luz amarela para a gest�o da presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um ano de crise na economia.
Na avalia��o do cientista pol�tico Carlos Melo, professor do Insper, numa compara��o com o cen�rio ocorrido na gest�o do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que precisou criar at� uma C�mara de Gest�o da Crise de Energia, em maio de 2001, o problema hoje � muito maior.
"Ao contr�rio do que ocorreu no governo FHC, onde a economia estava em crescimento e ele estava vivendo um clima positivo, hoje a situa��o � de crise e o momento muito pior", destaca Melo, complementando que o Pa�s n�o est� crescendo, mas j� est� vivendo essa crise no abastecimento de energia.
As cr�ticas do cientista pol�tico n�o se restringem apenas � gest�o da presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff (PT), reeleita em outubro do ano passado, mas tamb�m a outros gestores, como o governador reeleito de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em raz�o da crise h�drica no Estado.
"Essas s�o quest�es que n�o pegam a gente de surpresa, em 2012 j� se sabia da crise da �gua e da crise de energia, em 2013 com as milhares de pessoas que foram protestar nas ruas, num movimento deflagrado pelo Passe Livre, os gestores evitaram o pol�mico, mas necess�rio racionamento de �gua e de energia. Veio 2014, ano de Copa do Mundo e de elei��es, e essas quest�es foram deixadas de lado por quest�es pol�ticas. E, agora em 2015, estamos enfrentando todos esses problemas, que poderiam ter sido evitados se houvesse gest�o e gerenciamento."
Carlos Melo diz que "infelizmente o Brasil vive um cen�rio de falta de lideran�as", que resulta num quadro de falta de alternativas de sa�da para todas essas crises.
"Vivemos uma entressafra ruim de lideran�as pol�ticas e n�o vejo nenhum deles enfrentando o problema para resolver de fato as crises h�drica e de energia. � preciso gerenciamento e planejamento, pois nosso Pa�s est� caminhando mais pela for�a e teimosia das pessoas do que pela administra��o dos gestores p�blicos."