A for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato investiga na Su��a se delatores do esquema de corrup��o na Petrobras omitiram dos acordos firmados com o Minist�rio P�blico Federal e homologados pela Justi�a recursos depositados em contas no pa�s europeu.
Investigadores da Lava Jato disseram ao jornal O Estado de S. Paulo,, sob anonimato, que est�o passando um pente-fino nas contas dos delatores. A Lava Jato suspeita que eles mant�m contas na Su��a al�m das informadas em seus depoimentos.
At� o momento, 11 denunciados nos processos que correm na primeira inst�ncia da Justi�a Federal no Paran� j� fizeram acordo de dela��o premiada em troca de atenuantes nas penas.
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa � um dos que t�m suas contas rastreadas. O executivo informou a exist�ncia de cinco contas controladas por ele com saldo de US$ 26 milh�es na Su��a. Se for descoberto que ele tem mais dinheiro do que o comunicado � Justi�a, o ex-diretor pode perder o direito a cumprir a pena em casa.
As informa��es que Costa deu � Justi�a foram fundamentais para comprovar o esquema de corrup��o na diretoria da Abastecimento da Petrobras e revelar a atua��o em outras �reas. Ele revelou que partidos pol�ticos como PT, PMDB e PP recebiam parte dos recursos p�blicos desviados de contratos com a Petrobras.
Em troca, a Justi�a aceitou reduzir sua pena que ultrapassaria os 40 anos em regime fechado por pris�o domiciliar por um ano, com uso de tornozeleira eletr�nica. Se condenado, Costa vai cumprir at� dois anos no regime semiaberto - no qual o preso pode deixar a pris�o para trabalhar durante o dia e fica obrigado a retornar � noite para o pres�dio. O restante da pena definida ser� em regime aberto - que no caso de aus�ncia de pris�o albergue, em casa de albergado, � cumprida em domic�lio.
Al�m do dinheiro na Su��a, ele renunciou a US$ 2,8 milh�es em nome de genros nas ilhas Cayman e se comprometeu a pagar R$ 5 milh�es como indeniza��o pelos crimes cometidos.
Entre os 11 r�us que aceitaram contar � Justi�a o que sabem em troca de redu��o das penas, est�o tamb�m o doleiro Alberto Youssef, bra�o financeiro do esquema desbaratado pela Lava Jato, os empres�rios Julio Camargo e Augusto Mendon�a, da Toyo Setal, e Pedro Barusco, ex-gerente da Diretoria de Servi�os da Petrobras.
Os empres�rios confessaram que depositaram dinheiro da corrup��o em contas na Su��a. Esses dep�sitos est�o sendo rastreados pelos procuradores federais.
O ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque, e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como operador do PMDB no esquema, tamb�m t�m contas no exterior como mostraram as investiga��es. Ambos, por�m, por enquanto n�o aceitaram fazer acordo de dela��o premiada.
Conforme relatos colhidos pelo Estado, os documentos do Minist�rio P�blico da Su��a v�o levar a Lava Jato a abrir uma nova etapa in�dita na investiga��o. Mais nomes e mais contas do esquema foram descobertas pelos su��os.