Genebra - A Corte de Roma adia uma decis�o de conceder a extradi��o ao Brasil de um traficante de drogas e que abriria um precedente para que o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato seguisse o mesmo caminho. Pizzolato foi condenado por envolvimento no mensal�o, mas fugiu para a It�lia com um passaporte falso de um irm�o morto.
Tanto o holand�s como Pizzolato argumentaram que as pris�es brasileiras n�o "oferecerem condi��es humanas" e que, portanto, n�o poderiam ser extraditados pela It�lia. Ambos conseguiram que a Justi�a italiana, em primeira inst�ncia, atendessem seus argumentos.
Agora, a Corte de Roma avalia um recurso apresentado pelo Brasil e que indica que o traficante ficaria preso na penitenci�ria de Cachoeiro de Itapemirim (ES), onde sua prote��o seria garantida. O argumento do Brasil era de que o sistema carcer�rio n�o poderia ser generalizado.
Mas, a pedido dos advogados de defesa do holand�s, uma decis�o foi adiada para mar�o para que possam estudar os documentos enviados pelas autoridades brasileiras. "A defesa pediu o adiamento para analisar a documenta��o enviada pelo estado brasileiro. Com isso, os magistrados deferiram o pedido da defesa e marcaram nova audi�ncia para o dia 23 de mar�o", indicou Marconi Melo, representante da AGU e que foi enviado � Roma.
Para a Justi�a brasileira, o que est� em jogo era a capacidade de o Pa�s convencer ju�zes no exterior de que o sistema prisional nacional � adequado para receber criminosos, entre eles Pizzolato.
N�o por acaso, o governo brasileiro enviou para Roma o chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justi�a, Eduardo Pelella, al�m de representantes da Justi�a do Esp�rito Santo e da Advocacia Geral da Uni�o (AGU), Marconi Melo.
A esperan�a � de que a mesma Corte, quando julgar o caso de Pizzolato no dia 11 de fevereiro, atenda aos argumentos do Brasil. As autoridades v�o argumentar que Pizzolato ser� enviado a uma pris�o que n�o oferece riscos � vida do condenado, como o Complexo da Papuda.