S�o Paulo, 26 - O ex-diretor da �rea Internacional da Petrobr�s, Nestor Cerver�, solicitou nesta segunda-feira, 26, � Justi�a Federal do Paran� que intime a presidente Dilma Rousseff como testemunha de defesa na a��o penal contra o executivo. A solicita��o faz parte da manifesta��o do advogado Edson Ribeiro, que defende o ex-diretor, encaminhada � Justi�a Federal e que pede a absolvi��o do r�u e a rejei��o da den�ncia contra ele. � a primeira vez que um r�u da Lava Jato cita nominalmente a presidente.
No documento de 18 p�ginas, Ribeiro alega inicialmente a incompet�ncia do juiz S�rgio Moro para julgar a a��o. "A den�ncia oferecida pelo Minist�rio P�blico Federal narra fatos e condutas pretensamente ocorridos na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, evidenciando-se a manifesta incompet�ncia desse MM. Ju�zo para processar e julgar a presente demanda", afirma o defensor no documento.
Al�m disso, ele afirma que houve cerceamento da defesa, pois at� hoje n�o teve acesso � �ntegra da dela��o premiada de Paulo Roberto Costa, e pede a absolvi��o sum�ria do r�u e a rejei��o da den�ncia "em raz�o da inexist�ncia de suporte probat�rio m�nimo com consequente extin��o do processo sem resolu��o do m�rito", continua. Por fim, o defensor afirma que "caso n�o se entenda pela extin��o do processo, com ou sem resolu��o do m�rito, requer sejam intimadas as testemunhas indicadas no rol em anexo".
Dentre o rol de testemunhas est�o a presidente, os ex-presidentes da Petrobr�s Jos� Sergio Gabrielli e Jos� Carlos de Lucca que dirigiu a estatal na d�cada de 1990 e atualmente � presidente do Instituto Brasileiro de Petr�leo (IBP).
N�o � a primeira vez que a defesa do ex-diretor tenta ligar Dilma ao esc�ndalo da Lava Jato. No come�o do m�s Ribeiro encaminhou uma peti��o � Justi�a Federal com um parecer contratado por Cerver� apontando "neglig�ncia, viola��o do dever de dilig�ncia e precipita��o desnecess�ria" do Conselho de Administra��o da estatal na compra da Refinaria de Pasadena - mais emblem�tico esc�ndalo da estatal petrol�fera, que teria gerado um preju�zo de US$ 792 milh�es. A presidente Dilma Rousseff presidia o Conselho da estatal petrol�fera na �poca da compra, 2006.
Na a��o penal, Cerver� e o lobista Fernando Ant�nio Falc�o Soares, conhecido como Fernando Baiano, s�o acusados de receberem propina de cerca de US$ 30 milh�es para viabilizar contratos de navios-sonda para a Petrobr�s. Os pagamentos teriam sido feitos por J�lio Camargo, representante da empresa Toyo Setal, a Baiano, que atuaria diretamente na Diretoria Internacional, na �poca dos fatos comandada por Cerver�.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do Pal�cio do Planalto por e-mail, mas ainda n�o obteve retorno.