
Na primeira reuni�o do grupo formado no estado para discutir poss�veis mudan�as na remunera��o paga aos professores em Minas Gerais, com vistas a se chegar ao piso nacional de R$ 1.917 para jornadas de at� 40 horas, os servidores da educa��o conseguiram ampliar o universo dos cargos estudados. Em vez de se debru�arem somente sobre os professores, como estabelecia o decreto que instituiu a comiss�o, os representantes do Executivo e da categoria v�o tratar tamb�m das carreiras de aposentados e dos ocupantes de demais cargos da educa��o. O Sindicato �nico dos Trabalhadores em Educa��o (Sind-Ute) deixou claro que pleiteia o pagamento do piso para a jornada de trabalho j� praticada no estado, que � de 24 horas semanais. Eles rejeitam a ideia de considerar o valor proporcional �s horas trabalhadas.
Por parte do governo, participaram do encontro no Pal�cio Tiradentes cinco secret�rios, incluindo a de Educa��o, Maca� Evaristo, quatro adjuntos e um subsecret�rio. Al�m do Sind-Ute, integra a mesa de negocia��es a Associa��o de Diretores das Escolas Oficiais de Minas Gerais (Adeomg). A inclus�o dos aposentados e das demais carreiras da educa��o, como t�cnicos e auxiliares de servi�os, foi a pedido do Sind-Ute, que tamb�m defende a inclus�o de um plano de carreira na pauta. A categoria apresentou o balan�o da luta pelo piso desde 2008 e conseguiu ainda colocar em discuss�o o poss�vel passivo de direitos dos trabalhadores da categoria em decorr�ncia da mudan�a do sal�rio para subs�dio, proposta da Adeomg.
“Come�amos bem, porque essas eram quest�es fundamentais para se fazer um bom processo de negocia��o, e as demandas foram incorporadas”, afirmou a coordenadora-geral do Sind-Ute, Beatriz Cerqueira. Al�m dessas mudan�as na linha de atua��o do grupo, houve consenso sobre a necessidade de investir em processos de forma��o continuada dos professores. Segundo a dirigente, na pr�xima reuni�o, marcada para quinta-feira da semana que vem, come�am os debates sobre valores. O grupo tem 90 dias para discutir a situa��o salarial de mais de 301,5 mil servidores da educa��o.
LINHA DE A��O O coordenador dos trabalhos, o secret�rio de Planejamento e Gest�o, Helv�cio Magalh�es, considerou a reuni�o importante por definir a linha de a��o que ser� adotada. Para a secret�ria Maca� Evaristo, os encontros trazem uma nova postura do Executivo em rela��o aos trabalhadores da educa��o. “Acho sempre positivo termos a possibilidade de dialogar, principalmente sobre a valoriza��o do profissional, que passa por se pensar a carreira dos profissionais, e n�o s� daqueles que est�o na ativa, mas tamb�m dos aposentados. Esse � um ponto importante que foi firmado aqui.”
O decreto que instituiu o grupo de estudo, assinado pelo governador Fernando Pimentel (PT), foi publicado na semana passada, determinando que fossem avaliadas as carreiras de professores e especialistas em educa��o b�sica e os analistas educacionais. De acordo com o governo, os professores da educa��o b�sica (PEB) recebem hoje R$ 1.237,01 para uma carga de 24 horas. J� os especialistas em educa��o b�sica (EEB) t�m um piso de R$ 2.425,50 para 40 horas, e analistas educacionais, com sal�rios-base de R$ 3.638,25 por 40 horas semanais. (JC)