Aracaju - Uma fiscaliza��o de rotina da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), na BR-235, em Aracaju, culminou com a pris�o do ex-policial civil Calixto Luedy, acusado de participa��o na morte de cinco trabalhadores sem-terra, num massacre ocorrido em uma fazenda que estava ocupada pelo Movimento Sem Terra (MST), no munic�pio de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Calixto estava foragido desde novembro de 2004, quando ocorreu a chacina que teve repercuss�o internacional. O primo de Calixto, o fazendeiro Adriano Chafik Luedy, � o propriet�rio da Fazenda Nova Alegria e foi apontado como mandante do crime. Ele foi condenado a 115 anos de pris�o.
Calixto e Adriano organizaram outros 15 pistoleiros e atacaram o acampamento "Terra Prometida", dentro da fazenda, e chegaram atirando em dire��o das pessoas. Foram mortos Iraguiar Ferreira da Silva, 23, Miguel Jorge dos Santos, 56, Francisco Nascimento Rocha, 72, Juvenal Jorge da Silva, 65, e Joaquim dos Santos, 48, al�m de ter ferido a bala 12 pessoas - entre elas um garoto de 12 anos que levou tiros nos olhos. O grupo ainda incendiou as 27 casas e a escola dos filhos dos assentados.
Em outubro de 2013, Adriano e outro acusado do crime, Washington Agostinho da Silva, foram condenados, respectivamente, a 115 anos de pris�o e 97 anos e seis meses de pris�o. Eles foram beneficiados por liminar do STJ (Superior Tribunal de Justi�a) e deixaram o F�rum em liberdade.
Em janeiro do ano passado, os r�us Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira, de 47 anos, e Milton Francisco de Souza, de 61, foram condenados a 102 anos e seis meses de pris�o cada um, tamb�m por participa��o na chacina.