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Estado de Minas

Valor de lavagem de dinheiro chegou a R$ 177 mi, afirma Procuradoria

Seis den�ncias da segunda fase da Lava-Jato de empreiteiras e ex-diretores da Petrobras revelaram que o valor de lavagem de dinheiro chegou a R$ 177 milh�es


postado em 30/01/2015 10:37 / atualizado em 30/01/2015 11:12

S�o Paulo - O Minist�rio P�blico Federal calcula que os crimes j� denunciados pela for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato envolvem o desvio de aproximadamente R$ 2,1 bilh�es da Petrobras. A estimativa parcial do rombo da corrup��o e da lavagem de dinheiro na estatal, feita com base nas acusa��es formais apresentadas at� o momento � Justi�a Federal no Paran�, � a primeira divulgada pelos procuradores da Rep�blica desde o in�cio da opera��o, em mar�o do ano passado.

N�meros superlativos da Lava-Jato foram divulgados ontem pelo Minist�rio P�blico Federal em um site criado especificamente para divulgar e reunir informa��es sobre as a��es e inqu�ritos que tramitam na Justi�a Federal em Curitiba. “Trata-se da maior investiga��o de corrup��o e lavagem de dinheiro que o Pa�s j� teve”, diz um texto introdut�rio do site.

Os dados foram divulgados um dia depois de a Petrobras apresentar balan�o n�o auditado sem contabilizar as perdas envolvendo a corrup��o na empresa apurada pela Lava-Jato. O balan�o da petrol�fera tamb�m delimitou a corrup��o ao per�odo que vai de janeiro de 2004 a abril de 2012, �poca em que Paulo Roberto Costa ocupava a Diretoria de Abastecimento da estatal.

Al�m de relacionar o desvio na estatal apurado at� o momento, os procuradores da Rep�blica tamb�m estimam em R$ 500 milh�es o total j� recuperado pelas investidas da for�a-tarefa. A��es foram abertas pedindo o ressarcimento de cerca de R$ 1 bilh�o das empreiteiras na Justi�a. As investiga��es da Lava-Jato continuam em andamento, e os valores podem aumentar. At� agora, foram instaurados 279 procedimentos, com 150 pessoas e 232 empresas sob investiga��o. Os procuradores da Rep�blica que atuam no caso ofereceram 18 den�ncias contra 86 pessoas, pelos crimes de corrup��o, organiza��o criminosa, lavagem de ativos, entre outros. No total, 12 acordos de dela��o premiada foram firmados com pessoas f�sicas.

Com rela��o �s seis den�ncias da segunda fase da Lava-Jato, que envolvem a estatal, empreiteiras e ex-diretores da Petrobras, o valor de lavagem de dinheiro chegou a R$ 177 milh�es, segundo a publica��o. A maior soma, de R$ 104 milh�es, teve origem na “lavanderia” montada entre Nestor Cerver�, ex-diretor da �rea Internacional da empresa, e Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como lobista e um dos operadores do PMDB no esquema, conforme relato dos procuradores da Rep�blica. O valor � referente a propinas pagas pelo empres�rio delator Julio Camargo, da Toyo Setal, ao esquema de Soares e Cerver� pela contrata��o de navios-sonda na Coreia do Sul, para serem utilizados na �frica e no Golfo do M�xico.

Para concluir as opera��es, a dupla utilizou offshores e uma empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, uma das pe�as-chave da Lava- Jato e preso desde mar�o. As seis den�ncias incluem as empresas OAS, Galv�o Engenharia, Engevix, Mendes J�nior e Camargo Corr�a. Cerver� e Fernando Baiano tamb�m est�o presos. Na den�ncia apresentada � Justi�a Federal contra o ex-diretor de �rea Internacional da Petrobr�s, o Minist�rio P�blico Federal sustentou que ele agia como “s�cio oculto” do operador do PMDB. Para a Procuradoria, Cerver� violou “os deveres de honestidade, de integridade, de lealdade, de legalidade, de impessoalidade, de transpar�ncia”.

A Procuradoria juntou � den�ncia contra Cerver� um quadro com as opera��es de pagamento de US$ 14,31 milh�es a partir da conta 2009071 da offshore Piemont Investment Corp., no Banco Winterbothan, no Uruguai. A offshore, segundo a Procuradoria, � controlada por Julio Camargo, que agia como emiss�rio da Setal �leo e G�s e tamb�m foi denunciado.

Os repasses foram feitos para as contas indicadas por Fernando Baiano. As transfer�ncias t�m correspond�ncia em respectivos extratos banc�rios. Segundo a Procuradoria, conclui-se do conjunto de provas e do depoimento de Julio Camargo que uma dessas contas era diretamente controlada por Cerver�.
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