O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) fez neste domingo, 1º, um discurso em defesa de sua atua��o na Presid�ncia do Senado nos �ltimos dois anos e em resposta �s provoca��es de seu advers�rio Luiz Henrique (PMDB-SC). Renan disse que sua candidatura � reelei��o n�o � um direito como atual presidente, mas sim conquistado nas urnas e com apoio da bancada.
"Tive durante o tempo todo cautela de n�o precipitar movimentos. N�o seria respeitoso que novos senadores n�o participassem ativamente desse processo eleitoral. Nossa candidatura foi homologada por 15 dos 19 senadores", afirmou.
Renan disse que ir� cumprir com "absoluto rigor" a regra da independ�ncia dos poderes. Foi uma resposta a Luiz Henrique, que o acusou de se vergar a interesses do Executivo em troca de nomea��es pol�ticas.
O senador fez um balan�o de seus dois anos de mandato. Numa refer�ncia aos protestos de junho de 2013, Renan disse que, "quando as ruas sacudiam o Pa�s, foi o Senado quem deu as respostas � popula��o". Ele mencionou que o Senado aprovou um pacote de medidas que inclu�a o corte de despesas na Casa.
Renan repetiu que, durante sua gest�o, o Senado economizou R$ 530 milh�es. "Os tempos s�o de comedimento. Foi o Senado e o Congresso o �nico poder no Brasil que deu esse exemplo a sociedade", afirmou. "Diante das manifesta��es de civismo, o Senado n�o se acovardou e ouviu o clamor das ruas."
Renan afirmou ainda que o Senado era tido como "a caixa-preta da Rep�blica", mas que essa imagem mudou durante sua gest�o. Ele citou pesquisa da Funda��o Getulio Vargas (FGV) segundo a qual o Senado � a institui��o mais transparente entre as pesquisadas. "Mais do que uma meta, entendi que a transpar�ncia era um dever. Essa Casa n�o tem nada a esconder."
Renan reafirmou ainda ser contra a censura aos meios de comunica��o. "Antes ser crivado pela cr�tica do que ser arruinado pela bajula��o", disse. "Todos os compromissos assumidos nos �ltimos dois anos foram cumpridos."
Por fim, Renan defendeu a mudan�a no financiamento de campanhas, "fonte de suspeitas". Segundo ele, por�m, o ideal � que o Congresso avalie essa proposta e que a popula��o opine sobre ela posteriormente, por meio de referendo, e n�o previamente, como a presidente Dilma Rousseff j� defendeu, via plebiscito.
O senador disse ainda que o Pa�s n�o pode e n�o dar� "marcha r�" nos campos social, econ�mico e pol�tico e resgatou ainda o mote da campanha de Dilma Rousseff, afirmando que vai corrigir o que est� errado e potencializar o que est� certo.
"Renovar � pratica, como demonstramos, � um verbo, n�o � um nome", disse. "O Pa�s precisa ajustar sua rota, n�o seu rumo." Renan disse que � um homem de equipe, "que joga para o time, e n�o para a plateia". "Comigo, a presid�ncia continuar� sendo coletiva."
Ao fim de seu discurso, Renan alfinetou Luiz Henrique e disse que n�o quer ser "regente" de nada. Luiz Henrique usou essa express�o para defender sua lideran�a � frente de reformas, caso seja eleito.