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Estado de Minas

Executivo revela contratos fict�cios para pagar propinas na Petrobras

Empres�rios entregam contratos fict�cios usados para camuflar R$ 23 milh�es repassados a ex-diretores da estatal. Total dos subornos chega a R$ 60 milh�es


postado em 03/02/2015 06:00 / atualizado em 03/02/2015 07:28

Renato Duque, preso no fim de 2014: procurador pede volta à cadeia(foto: Márcia Foletto/Agência O Globo)
Renato Duque, preso no fim de 2014: procurador pede volta � cadeia (foto: M�rcia Foletto/Ag�ncia O Globo)

Bras�lia – O executivo da empreiteira Toyo Setal Augusto Ribeiro de Mendon�a, que firmou acordo de dela��o premiada, entregou � Justi�a Federal, em novembro do ano passado, 10 c�pias de contratos fict�cios usados para mascarar o pagamento de propina aos ex-diretores da Petrobras Renato Duque (Servi�os) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento). Somados, os valores ultrapassam R$ 23 milh�es. Os documentos foram entregues como material probat�rio daquilo que foi dito pelo empres�rio nos depoimentos prestados at� o momento. � Justi�a, ele e Julio Camargo, tamb�m da Toyo Setal, j� informaram ter pago subornos de R$ 60 milh�es a Duque e ao PT. Ontem, o juiz federal S�rgio Moro determinou que os documentos fossem juntados aos autos para viabilizar o acesso da defesa dos acusados j� denunciados.


Julio Camargo entregou contratos de c�mbio desde 2005 que apontam a remessa de mais de U$S 33 milh�es para contas sua abertas na Su��a e nos EUA. Na lista de contratos apresentados por Augusto Mendon�a, consta uma simula��o de presta��o de servi�o entre a Setec Tcnologia S/A e a Power Totem Engenharia, firmada em 5 de dezembro de 2011, no valor de R$ 1,4 milh�o. “Segundo o detentor, o contrato foi simulado para pagamentos de comiss�es a Renato Duque”, atesta o relat�rio produzido pela Pol�cia Federal. A mesma empresa aparece como contratante, em setembro de 2009, de um servi�o da Rigidez Ltda. no valor de R$ 9,2 milh�es. Augusto Mendon�a informou que, neste caso, trata-se de simula��o para pagamento de propina a Paulo Roberto Costa por meio do doleiro Alberto Youssef, o principal operador do esquema. Duque e o PT negam as informa��es prestadas pelos empres�rios.

A construtora Galv�o Engenharia S/A, uma das investigadas pela Opera��o Lava-Jato por integrar o esquema bilion�rio de corrup��o entranhado na Petrobras, j� havia apresentado � Justi�a Federal comprovantes do pagamento de suposta propina no valor de R$ 8,86 milh�es. A defesa de Erton Medeiros Fonseca, diretor da empreiteira, alegou que o suborno, pago em 20 parcelas, foi direcionado a Shinko Nakandakari, “pessoa que se apresentou como emiss�rio da Diretoria de Servi�os da Petrobras na presen�a de Pedro Barusco”. At� 2012, a diretoria em quest�o era comandada por Renato Duque, indicado pelo ex-ministro Jos� Dirceu. Barusco ocupava a ger�ncia de Engenharia na estatal. Na �poca, a Galv�o Engenharia alegou que teve de fazer o pagamento para n�o ter problemas nos contratos firmados com a petrol�fera. Foram entregues 12 comprovantes � Justi�a.

PRIS�O Na semana passada, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer defendendo que Renato Duque volte para cadeia. Conforme Janot, as medidas de substitui��o � pris�o, como apreens�o de passaporte e proibi��o de viajar para fora do pa�s, n�o s�o suficientes para evitar uma fuga. O ex-diretor foi preso em novembro do ano passado, ap�s o in�cio da dela��o premiada de Augusto Mendon�a e Julio Camargo. Acabou sendo liberado no in�cio de dezembro por decis�o do ministro do STF Teori Zavascki.


Ontem, os dois empres�rios e um delegado da Pol�cia Federal que participou da opera��o Lava-Jato, prestaram depoimento � Justi�a. Eles foram arrolados como testemunhas de acusa��o no processo que envolve executivos das empreiteiras Camargo Corr�a e UTC, envolvidas no esquema de corrup��o da Petrobras.

INQU�RITOS Na sess�o solene que abriu o ano do Judici�rio, o combate � corrup��o foi um dos temas da fala do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, e do procurador-geral, Rodrigo Janot. A Corte espera a chegada dos inqu�ritos contra parlamentares investigados na Opera��o Lava-Jato, que devem ser encaminhados Janot, ainda neste m�s. “Todos n�s estamos curiosos”, disse o ministro Marco Aur�lio, ao deixar o plen�rio.


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