Bras�lia - Apontado pelo ex-diretor da Paulo Roberto Costa como "contato muito pr�ximo" de um lobista preso na Opera��o Lava Jato, o empres�rio Jos� Carlos Bumlai foi s�cio por um ano e cinco meses de uma fornecedora da petroleira e de empreiteiras acusadas de integrar o esquema de corrup��o na estatal.
Em depoimento prestado em regime de dela��o premiada nas investiga��es da Opera��o Lava Jato, o ex-diretor disse que Bumlai "era um contato muito pr�ximo" do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado pela Pol�cia Federal como operador do PMDB dentro da petroleira. O lobista est� preso na Superintend�ncia da Pol�cia Federal em Curitiba e tem negado as acusa��es de envolvimento no esquema de corrup��o da Petrobras.
Ao detalhar o esquema que favorecia partidos pol�ticos, Costa afirmou � Justi�a que o empres�rio "era muito ligado ao PT". Bumlai tem como principal interlocutor no partido o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, de quem � amigo. Durante o governo do petista, o empres�rio tinha livre tr�nsito no Pal�cio do Planalto, at� mais do que ministros.
A entrada de Bumlai, que tem forte atua��o no ramo pecu�rio, como fornecedor da Petrobras se deu em fevereiro de 2010, quando ele adquiriu o controle da Immbrax, em sociedade com o Grupo Bertin.
Com sede no Rio de Janeiro, a empresa importa pe�as, revendendo-as para grandes obras da estatal. Os maiores neg�cios, contudo, s�o com as empresas que t�m contratos com a petroleira, conforme afirmou ao Estado o atual s�cio da empresa, Washington Ferreira Gon�alves. A Immbrax, segundo ele, fez neg�cios com "todas essas (empresas) que est�o no rolo".
Sobre os contratos com a petroleira firmados no per�odo em que Bumlai estava na sociedade, Gon�alves garante que n�o houve interfer�ncia do ex-parceiro. "O Bumlai est� santinho nisso a�." Segundo Gon�alves, a parceria com Bumlai tinha prop�sito distinto: fornecer material para a constru��o de Belo Monte e outras usinas.
Procurado, Bumlai disse, por meio da assessoria, que entrou na sociedade para fazer uma importa��o de material para uma de suas usinas, mas a opera��o n�o se concretizou, o que o levou a deixar a parceria.