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Estado de Minas

'Nova CPI n�o vai revelar 1 mil�metro a mais', diz Jaques Wagner

Para o ministro da Defesa, Jaques Wagner, o governo "vai tocar a vida", porque est� preocupado com as "dificuldades econ�micas que tem para administrar"


postado em 06/02/2015 08:19 / atualizado em 06/02/2015 08:42

Ministro da Defesa, Jaques Wagner, acredita que nova CPI servirá apenas de 'palco' para a oposição(foto: Breno Fortes/CB/D.A Press.)
Ministro da Defesa, Jaques Wagner, acredita que nova CPI servir� apenas de 'palco' para a oposi��o (foto: Breno Fortes/CB/D.A Press.)
Bras�lia - Pe�a-chave na articula��o pol�tica do governo, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo que a iminente instala��o de uma CPI (Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito) na C�mara dos Deputados para investigar den�ncias de corrup��o envolvendo a Petrobras "pode fazer palco, mas n�o revelar� nem um mil�metro a mais do que j� est� revelado". Para Wagner, o governo "vai tocar a vida", porque est� preocupado com as "dificuldades econ�micas que tem para administrar".

Al�m de ser um dos poucos ministros a sair a p�blico para defender o governo neste momento, o pol�tico baiano tamb�m endossou a inoc�ncia do ex-presidente da estatal Jos� Sergio Gabrielli, que foi seu secret�rio de Estado quando governou a Bahia. "Zero, zero, zero, esque�am, n�o vai ter nada contra ele."

Perguntado se a instala��o de uma CPI no Congresso para investigar a Petrobras seria mais um problema para o governo, Jaques Wagner disse que a nova CPI poderia fazer palco, mas ressaltou que ela n�o revelar� nem um mil�metro a mais do que j� est� revelado. "Quem � governo quer c�u de brigadeiro, � �bvio. Mas vamos tocar a vida. J� temos dificuldades econ�micas para administrar. N�o vamos ficar procurando cabelo em casca de ovo. Quem gosta de CPI � oposi��o. N�o acho bom para o Pa�s ter essa CPI, mas tamb�m n�o temo nada. V�o conseguir revelar algo a mais? N�o.", disse.

Sergio Gabrielli

Em rela��o aos esc�ndalos da Petrobras, que poderiam sobrar para o ex-presidente da empresa Jos� Sergio Gabrielli, Wagner foi taxativo: "Zero, zero, zero, esque�am, n�o vai ter nada contra ele. Esse rapaz � t�o cioso das coisas que, por ele ser da Bahia, assim como eu, em alguns momentos at� me atrapalhou quando precisava defender os interesses do Estado. Uma vez, ele foi lan�ar um edital na �rea de cultura l� e ao discursar ele come�ou a justificar o motivo pelo qual estava atendendo �quele pedido. N�o aguentei e disse: "�, Gabrielli, e tamb�m porque voc� � baiano, n�, e n�o � porque voc� � presidente da Petrobras que n�o vai poder fazer alguma coisa pela Bahia".

Poder� haver dificuldade de relacionamento entre o Executivo e o novo presidente da C�mara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), questionou a reportagem. "N�o tem apocalipse. N�o acho que ningu�m que se sente na cadeira de presidente da C�mara v� pregar a guerra. A liberdade que tem um l�der de partido n�o � a mesma liberdade que tem um presidente da C�mara. Ele n�o vai mudar de ideologia, mas mudou de posi��o. Ele defende autonomia de poder, o que � natural e est� nos estatutos. Tenho certeza de que a maioria do partido n�o quer pregar o racha, mas construir pontes. E outra, o partido (PT) que ganhou o Executivo, pode perfeitamente compartilhar no Legislativo", afirmou Wagner.

Sobre a vit�ria de Cunha, se teria sido uma derrota grande do governo, o ministro admite: "Foi derrota para o governo? Foi. Foi derrota para o PT? Foi. Mas, agora, tem de administrar. Se tivessem respeitado a regra de altern�ncia de poder nas Casas pelos dois maiores partidos, isso n�o estaria acontecendo". Ele diz que a presidente Dilma vai respeitar o presidente da C�mara como respeita o presidente de um Poder. E que a derrota foi domingo passado e a vida segue. Que os problemas reais do dia a dia v�o continuar. E descontrai: "� como Copa do Mundo: tomamos de 7 a 1, mas j� passou". Diz que se a derrota servir para acalmar a base, que est� bem.

Insatisfa��o do PT

A respeito da insatisfa��o generalizada dentro do PT, Jaques Wagner alega que o PT � o partido da presidente. E que essa tens�o n�o � necessariamente ruim. "O PT dizer que queria que o ministro escolhido para a agricultura tivesse uma interface maior com a agricultura familiar � pr�prio do jogo. Enquanto o pessoal do agroneg�cio iria reclamar. Isso n�o ia tirar a paz. Mas, como diz o (ex-presidente) Lula: a gente ganha com os que nos acompanham e governamos com estes que nos acompanharam. N�o h� outra regra. A pessoa serve para apoiar mas n�o serve para governar? A vida � assim". E se diz "entristecido" em ver um ex-presidente da Rep�blica (Fernando Henrique Cardoso, PSDB) publicar um artigo que diz "Chegou a hora" (publicado no jornal O Estado de S. Paulo no domingo), propondo um golpe pelo judici�rio. Pelo amor de Deus, isso entristece o curr�culo dele. Fiquei decepcionado. J� acabou a elei��o."

A reportagem quer saber se a recente reportagem do The New York Times dizendo que o governo americano continua espionando a presidente pode atrapalhar as rela��es entre Brasil e Estados Unidos, ao que o ministro diz n�o caber a ela responder a quest�o, mas conta que, por coincid�ncia, recebeu no seu gabinete a embaixadora dos Estados Unidos, Liliana Ayalde. "Conversamos sobre tratados que est�o em curso e que quero acelerar para mandar para o Congresso, que s�o acordos de coopera��o e que preveem crescimento na coopera��o. Ent�o eu disse a ela: eu s� espero que a not�cia do NYT n�o se confirme para n�o atrapalhar nossa caminhada'".

Em rela��o � resposta da embaixadora? Wagner diz que ela negou, que era especula��o do jornal e que teria assegurado que isso n�o vai atrapalhar em nada. Ao que, conta, ele teria retrucado: "Espero que n�o seja verdade porque, se for, � problema". Mas diz que n�o vai ficar fazendo 'chuva em copo d’�gua'. Que quem tem de responder sobre isso � o governo americano. "Ela, que fala pelo governo americano, desmentiu aqui. Disse que � especula��o de jornal. Eu recebi o conforto dela dizendo que n�o era verdade e que isso n�o ir� atrapalhar."


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