Bras�lia, 07 - Ap�s o an�ncio do aumento no pre�o dos combust�veis, do pacote de ajuste fiscal e da sucess�o de den�ncias envolvendo a Petrobras, o Pal�cio do Planalto j� esperava que a popularidade da presidente Dilma Rousseff fosse cair. A dimens�o da queda, por�m, surpreendeu at� os auxiliares mais pessimistas.
A queda de 19 pontos na avalia��o positiva do governo segundo pesquisa Datafolha divulgada neste s�bado � reconhecida como �muito ruim�. Para revert�-la, a aposta � criar uma agenda positiva o quanto antes. No curto prazo, a ideia � explorar os programas sociais voltados para a classe m�dia, com os lan�amentos do Mais Especialidades e da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida.
Para o l�der do PT na C�mara, Sib� Machado (AC), o governo precisa deixar claro que n�o ser� o trabalhador quem vai pagar a conta do ajuste fiscal. Para ele, parte da queda de popularidade da presidente pode ser atribu�da � mobiliza��o das centrais sindicais contra as mudan�as no seguro-desemprego, o que teria gerado descontentamento quem costuma apoiar o PT.
Entre os oposicionistas, foi consenso creditar a queda no �ndice de aprova��o de Dilma ao que se tem chamado de �estelionato eleitoral�. �A presidente colhe hoje os resultados das mentiras sucessivas que lan�ou ao Pa�s e que conduziram a sua campanha eleitoral. O Brasil real aflora a cada dia e n�o h� marketing ou propaganda capaz de esconder a grave realidade enfrentada pelos brasileiros�, disse em nota o presidente do PSDB e candidato derrotado ao Planalto, senador A�cio Neves (MG). �Isso � decorr�ncia do estelionato eleitoral. As pessoas se sentem ludibriadas�, afirmou o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN).