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Estado de Minas

Doleiro diz que Vaccari e cunhada receberam R$ 800 mil de propina em SP


postado em 12/02/2015 18:19

S�o Paulo e Curitiba, 12 - O doleiro Alberto Youssef detalhou em sua dela��o premiada, anexada aos autos da Opera��o Lava Jato, que cuidou de dois repasses de aproximadamente R$ 400 mil para Jo�o Vaccari Neto, em nome do PT. O valor de R$ 880 mil, ao todo, foi pago pela empresa Toshiba Infraestrutura em uma contrata��o paras obras do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj), entre 2009 e 2010.

"O valor do PT foi negociado com Jo�o Vaccari, que na �poca representava o PT nos recebimentos oriundos dos contratos com a Petrobras", revelou o doleiro, em depoimento prestado em novembro de 2014 e mantido sob sigilo at� essa quarta-feira, 11.

Um dos pagamentos foi recebido pela cunhada de Vaccari, Marice Corr�a Lima, no escrit�rio do doleiro em S�o Paulo, e outro pelo pr�prio tesoureiro em uma "sacola lacrada" em restaurante perto da Avenida Paulista. Segundo Youssef, na contrata��o da Toshiba para as obras da Casa de For�a, do Comperj, entre 2009 e 2010, a empresa corria o risco de ser desclassificada e buscou Youssef e o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa para vencer o contrato - que segundo ele, era de R$ 130 milh�es, aproximadamente, e com descontos teria baixado para R$ 117 milh�es.

Youssef afirmou � for�a-tarefa da Lava Jato que "o presidente da Toshiba no Brasil, que ficava em S�o Paulo, e tamb�m o diretor comercial, de nome Piva, trataram diretamente" com ele que "iriam dar 1% do valor da obra para o PP e 1% para o PT". Jos� Alberto Piva Campana � o executivo da Toshiba.

A cota do PT era referente aos valores de propina exigidos pelo ex-diretor de Servi�os Renato Duque, indicado pelo partido para o cargo. Youssef disse que, na �poca, os dois executivos da Toshiba pediram para usar uma das empresas de fachada de sua lavanderia - a MO Consultoria - "para fazer o repasse tanto do PP quanto do PT".

Cunhada

Logo ap�s o dep�sito da Toshiba, Youssef sacou da conta da empresa fantasma "pouco mais de R$ 400 mil e entregou a uma emiss�ria de Vaccari, chamada de Marice". O doleiro detalhou que "atendeu (Marice) no seu escrit�rio em S�o Paulo e lhe entregou o dinheiro". "Quem passou o nome desta Marice como sendo a pessoa a quem deveriam ser entregues os valores destinados ao PT foi o diretor comercial da Toshiba, chamado Piva", afirmou Youssef.

O executivo da empresa - j� investigada anteriormente pela Lava Jato - teria dito a ele que a "emiss�ria" chegaria pela garagem e "passou o dia e hora que a mesma iria encontrar" com o doleiro.

Restaurante

O doleiro relatou ainda uma segunda entrega de dinheiro ao tesoureiro do PT. "Alguns meses depois, Piva marcou em um restaurante em S�o Paulo o recebimento de mais uma parcela dos valores destinados ao PT que haviam sido transferidos", explicou Youssef.

"Piva informou que almo�aria com Jo�o Vaccari e ali aproveitaria para fazer a entrega de parte do restante destinado ao PT", acrescentou o delator da Lava Jato.

Contou o doleiro que o executivo da Toshiba dias antes havia ido at� seu escrit�rio "mas ficou receoso de sair com uma quantia alta, e por isso, marcou uma segunda oportunidade para receber os valores e de imediato j� entregar a Vaccari".

Foi Rafael �ngulo Lopes - um dos carregadores de dinheiro de Youssef - que levou a quantia, segundo afirmou o delator. Ele diz ter pedido ao "funcion�rio" para levar a quantia em um restaurante indicado por Piva, que fica perto da Avenida Paulista e ali lhe entregar uma sacola lacrada com os valores devidos". "Este valor tamb�m girava em pouco mais de R$ 400 mil", revelou o doleiro.

Jo�o Vaccari Neto afirmou em seu depoimento � Pol�cia Federal, no dia 5,, que "Marice nunca prestou servi�o de courrier". Perguntados por delegados da Lava Jato, e informou que "n�o confirma a declara��o prestada por Alberto Youssef, onde esse teria afirmado que Marice seria (sua) emiss�ria". O tesoureiro do PT negou no depoimento � PF a informa��o do ex-diretor de Abastecimento. Disse n�o ter recebido 2% dessa "propina" nos contratos da Petrobr�s.

Ontem, o presidente nacional do PT, Rui Falc�o, afirmou que vai acionar na Justi�a o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco pelas afirma��es de que o partido arrecadou at� US$ 200 milh�es em propina durante dez anos, em cerca de 90 contratos da Petrobras.


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