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Estado de Minas

Lula pede que Dilma envolva governadores no ajuste fiscal


postado em 14/02/2015 08:49

Bras�lia, 14 - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva vai ajudar na articula��o pol�tica do governo com o Congresso, na tentativa de reverter a animosidade entre o PT e PMDB ap�s a vit�ria de Eduardo Cunha (RJ) para o comando da C�mara. Na conversa de mais de duas horas com Dilma, anteontem, em S�o Paulo, Lula sugeriu a ela que convoque uma reuni�o com governadores e prefeitos, em apoio �s medidas de ajuste fiscal, e acertou um cronograma de encontros que ter� em Bras�lia.

Ap�s o carnaval, Lula vai se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o l�der do PMDB na Casa, Eun�cio Oliveira (CE), e com a bancada de senadores do PT. Na sua avalia��o, o Pal�cio do Planalto precisa agir r�pido para evitar que a fratura na base aliada se aprofunde e a tese do impeachment ganhe for�a, no rastro do esc�ndalo de corrup��o na Petrobras, que culminou com outra CPI para investigar o desvio de dinheiro na estatal.

Desde que assumiu a presid�ncia da C�mara, no dia 1.�, derrotando o petista Arlindo Chinaglia (SP), Cunha imp�s uma s�rie de reveses ao governo, do Or�amento impositivo ao comando da comiss�o que vai tratar da reforma pol�tica, entregue � oposi��o. Depois de aplanar o terreno com o PMDB no Senado, Lula tamb�m pretende conversar com o pr�prio Cunha.

Nova estrat�gia

Para enfrentar o boicote ao ajuste fiscal, Lula disse a Dilma que ela deve adotar uma "nova estrat�gia". A t�tica de rea��o ao cerco pol�tico tamb�m est� passando pelo crivo do marqueteiro Jo�o Santana.

No diagn�stico do ex-presidente, Dilma deve chamar uma reuni�o com governadores e prefeitos, com o objetivo de explicar as iniciativas tomadas para "p�r a economia nos trilhos" e angariar apoios para a vota��o das medidas impopulares no Congresso, como o endurecimento das regras de acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial.

Na conversa com Dilma, Lula lembrou que fez isso no primeiro ano de governo, em 2003, quando queria aval para a reforma da Previd�ncia.

A proposta de o ex-presidente, por�m, foi ouvida com muitos "sen�es". Embora ciente de que precisa dos governadores e prefeitos para aprovar o ajuste fiscal no Congresso, Dilma resiste a promover o encontro com eles agora, por temer que todos cheguem a Bras�lia "com o pires na m�o".

Lula argumentou, no entanto, que � necess�rio outra abordagem do ajuste, como parte da chamada "batalha da comunica��o". N�o foi s�: insistiu em que o di�logo � a �nica forma de vencer as barreiras erguidas at� mesmo pelo PT, por movimentos sociais e pelas centrais sindicais.

Fora do gabinete

Para melhorar a imagem do governo, hoje deteriorada, Lula sugeriu a Dilma que saia do gabinete no Planalto e retome as viagens pelo Pa�s. O ex-presidente acha que ela deveria aproveitar seus discursos para explicar � popula��o, de forma did�tica, e com exemplos da "vida real", a import�ncia do combate imediato �s fraudes que existem na concess�o dos benef�cios trabalhistas. A ideia � mostrar que o governo est� agindo para que as irregularidades acabem, e n�o para retirar direitos a duras penas conquistados.

As viagens e as conversas "olho no olho" com a popula��o s�o, na opini�o de Lula, um importante ant�doto contra a queda de popularidade de Dilma. No receitu�rio para sair da crise, o ex-presidente tamb�m aconselhou Dilma a visitar obras em andamento, com o objetivo de mostrar que o governo n�o est� parado, a reboque de crises pol�ticas e econ�micas.

Para Lula, a presidente tem de reagir logo porque n�o pode esperar as manifesta��es de 15 de mar�o contra o governo federal, organizadas pela oposi��o, quando haver� bandeiras pelo impeachment.

Al�m de dizer que Dilma deve ir �s ruas para defender sua gest�o, Lula acha que sua afilhada pol�tica tamb�m precisa retomar as viagens ao exterior.

Para ele, quando se enfrentam problemas dom�sticos, os parceiros internacionais com investimentos no Pa�s t�m interesse em ajudar na revers�o das expectativas negativas, porque n�o querem ver seus projetos minguarem.

Obama

Antes de se despedir do padrinho, Dilma garantiu a ele que far� a viagem aos Estados Unidos, para se encontrar com Barack Obama, no segundo semestre. A visita de Estado deveria ter sido realizada em outubro de 2013, mas foi cancelada ap�s a revela��o de espionagem feita pela Ag�ncia Nacional de Informa��o daquele pa�s a ela, a seus auxiliares e a empresas brasileiras.

Para Lula, a presidente precisa "capitalizar" o apoio internacional que o Brasil tem para driblar o atual momento de fragilidade. Dilma concordou.


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