Em depoimento � Pol�cia Federal em um dos inqu�ritos da Lava Jato, o engenheiro eletricista da Petrobras, Luiz Ant�nio Kalil Horta relatou que era pressionado por subordinados do ex-gerente de Servi�os da estatal Pedro Barusco, que admitiu ter recebido US$ 97 milh�es em propinas na estatal, a negociar licita��es muito acima do valor estipulado e que chegou a ser deslocado da comiss�o de licita��es da Refinaria de Paul�nia (Replan), no interior de S�o Paulo, ap�s cancelar certames com pre�o maior que o previsto.
Ao mencionar que iria adotar essa medida, contudo, ele disse que foi procurado pelo funcion�rio do Servi�o de Engenharia da estatal (Segen, que faz as estimativas de pre�os das licita��es da Petrobr�s) Fernando de Almeida Biato, e pelo seu chefe direto na refinaria, Jairo Luiz Bonet. Na ocasi�o, ambos falaram para ele n�o cancelar o certame e negociar com as empresas, sugest�o que n�o foi acatada por Kalil Horta, que cancelou a licita��o e realizou outra, vencida por um pre�o dentro da estimativa inicial da �rea t�cnica da Petrobras. Segundo Kalil Horta, foram feitas outras licita��es a pre�os muito mais elevados.
O depoimento de Kalil Horta foi dado em 14 de janeiro, em um dos inqu�ritos da Lava Jato conduzido pela Pol�cia Federal que apura o esquema de desvios e lavagem de dinheiro que se instalou na Petrobr�s.