
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa usou novamente a rede de microblog Twitter para se posicionar em rela��o � pol�mica com o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo. Barbosa escreveu que recebia, sim, advogados. "Mas informava a parte contr�ria, para que ela pudesse estar presente, se quisesse", completou.
Segundo o ex-presidente do STF, "o processo judicial cuida de interesses ferrenhamente contrapostos". "Tem de ser transparente, dar igualdade de chances �s partes", escreveu. Ele afirmou ainda que em processos judiciais "n�o devem existir encontros "en catimini", �s escondidas, entre o juiz e uma das partes.
"Igualdade de armas � o lema", completou. Barbosa cita "o saudoso" ex-ministro da Justi�a Marcio Thomaz Bastos, que defendeu o ex-executivo do Banco Rural Jos� Roberto Salgado no processo do mensal�o e diz que atendeu ao pedido do defensor de ser recebido "no meio do julgamento da AP 470". "Recebi-o, na presen�a do PGR (procurador-geral da Rep�blica)", afirmou.
O ex-presidente do STF afirmou tamb�m que suas palavras s�o "torcidas" e "retorcidas". "Incr�vel como torcem e retorcem o que eu digo! O objetivo � claro: desviar a aten��o da ess�ncia daquilo que foi objeto do meu coment�rio", escreveu o ex-ministro. Ap�s a divulga��o de not�cias sobre reuni�es do ministro da Justi�a com advogados de empreiteiras investigadas pela Opera��o Lava Jato, Barbosa usou, recentemente, a rede social para pedir a pediu a demiss�o de Cardozo e continuou a opinar sobre o caso. "Se voc� � advogado num processo criminal e entende que a pol�cia cometeu excessos/deslizes, voc� recorre ao juiz. Nunca a pol�ticos!", escreveu.
Hoje, em suas postagens, o ex-presidente do Supremo explica que falou na ocasi�o apenas sobre uma reportagem "em que se relatava uma tentativa de interfer�ncia da pol�tica em assunto 'jurisdicionalizado'. S�". Segundo Barbosa, h� uma tentativa de desvirtuar suas cr�ticas. "Desvirtuamento: passou-se a falar sem parar sobre direito de advogado ser recebido por autoridades; que eu n�o recebia advogados!", escreveu.
Outro lado
Ap�s as cr�ticas de Barbosa, o ministro recebeu mensagens de solidariedade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A entidade alega que o di�logo de Cardozo com os advogados das empreiteiras � uma prerrogativa constitucional � que "n�o � admiss�vel criminalizar o exerc�cio da profiss�o".