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Estado de Minas

Cardozo tratou de vazamentos da Lava-Jato em reuni�o com advogados


postado em 19/02/2015 18:19 / atualizado em 19/02/2015 17:38

(foto: Valter Campanato/Agencia Brasil )
(foto: Valter Campanato/Agencia Brasil )

O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, confirmou nesta quinta-feira, 19, que tratou de vazamentos da Opera��o Lava Jato na audi�ncia que teve no �ltimo dia 5 com advogados da Odebrecht. A empresa reclamou dos vazamentos e disse avaliar que o inqu�rito que trata do caso n�o estava correndo como deveria.

Cardozo pediu que a empresa formalizasse as informa��es em uma representa��o ao Minist�rio da Justi�a, o que foi feito na sequ�ncia. "A empresa Odebrecht disse que ao longo da Lava Jato havia vazamentos ilegais que atingiam a empresa e que isso qualificava clara ofensa � lei", afirmou o ministro.

Quando aconteceram os primeiros vazamentos de conte�do das dela��es premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, no ano passado, Cardozo anunciou que abriria uma investiga��o para apurar o caso.

A empresa levou ainda uma segunda reclama��o ao ministro, que Cardozo n�o divulga em raz�o de segredo de justi�a.

A segunda representa��o foi encaminhada por Cardozo ao Departamento de Recupera��o de Ativos e Coopera��o Jur�dica Internacional (DRCI) do Minist�rio e, posteriormente, encaminhada ao Procurador-Geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. "Ap�s a visita da Odebrecht eu informei ao PGR que havia uma representa��o sobre essa quest�o e disse que ap�s ouvir o �rg�o competente encaminharia ao MP para ci�ncia e demais informa��es", afirmou o ministro.

"Em nenhum momento tocou-se na possibilidade de o governo ajudar na liberta��o de presos, em uma avalia��o judicial minha do que poderia acontecer no futuro", disse Cardozo. "S� n�o posso revelar outro ponto da reuni�o porque h� sigilo."

Ele disse ter "o maior interesse" na divulga��o do conte�do da segunda representa��o. "A Odebrecht levou duas quest�es que n�o dizem respeito ao Judici�rio ou Minist�rio P�blico", disse o ministro. Segundo ele, s�o quest�es que dizem respeito ao Minist�rio da Justi�a.

Cardozo afirmou que comparecer� no Congresso, se chamado para prestar esclarecimentos sobre o assunto na CPI da Petrobras. "Irei com prazer. N�o precisa nem me convocar. Se for convidado, vou", disse o ministro, fazendo a ressalva de que n�o poder� informar o que estiver ainda protegido por segredo de justi�a.

Agenda

Segundo o ministro, a reuni�o com a Odebrecht foi registrada em ata e consta em sua agenda p�blica. Problemas na divulga��o da sua agenda, noticiados pela imprensa, foram justificados por Cardozo como um "erro do setor de inform�tica". De acordo com ele, houve uma mudan�a no sistema do Minist�rio e os compromissos alterados ao longo do dia n�o foram reincorporados, o que gerou a divulga��o de 80 dias "em branco".

Barbosa


O ministro ainda se defendeu das cr�ticas sobre seu encontro com os advogados. "Advogado n�o � o cliente, advogado n�o est� sendo acusado. E se tem alguma coisa acontecendo de errado na Pol�cia Rodovi�ria Federal, na Pol�cia Federal, quem � que tem que fiscalizar? O ministro da Justi�a. � de uma obviedade total", disse Cardozo.

Cardozo foi alvo de cr�ticas por parte do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa que, no final de semana, sugeriu nas redes sociais a demiss�o do ministro. Ontem, o juiz S�rgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato na Justi�a do Paran�, classificou como "intoler�vel" que advogados das empreiteiras tentem discutir o processo judicial com autoridades pol�ticas.

"Ministro � ser impessoal, que n�o se ofende, mas como advogado sim (me ofendo). Qualquer pessoa, por mais hediondo que seja o crime, tem o direito de ter um advogado", completou.

O ministro disse que advogados "n�o s�o membros de quadrilha" pelo simples fato de serem advogados e disse achar "lament�vel" que no Brasil existam pessoas que "ainda pensam dessa forma". "A advocacia � atividade essencial para a justi�a. " Ele evitou polemizar com Joaquim Barbosa e disse que o ex-ministro "tem total direito de falar aquilo que ele acha, que � uma opini�o dele".

Ele disse ser rotineiramente procurado por advogados para tratar de diversas quest�es ligadas ao Minist�rio da Justi�a, como quest�es ind�genas e o Cade. O ministro rebateu not�cia veiculada na revista Veja que apontava o encontro de Cardozo tamb�m com o advogado da UTC Engenharia, S�rgio Renault, e com o advogado e ex-deputado do PT, Sigmaringa Seixas.

Ele explicou que teve um breve encontro casual com Renault, a portas abertas, no Minist�rio da Justi�a. Segundo Cardozo, os dois n�o trataram sobre a Opera��o Lava Jato.


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