
O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, confirmou, por meio de nota, que teve encontro com advogados de empresas envolvidas na Opera��o Lava-Jato. O ministro, no entanto, sustentou ser “dever do ministro da Justi�a e de quaisquer servidores p�blicos receber advogados no regular exerc�cio da profiss�o conforme determina o Estatuto da Advocacia”.
Cardozo recebeu no minist�rio advogados da UTC e da Camargo Correa, que buscavam ajuda do governo para soltar os 11 executivos presos desde novembro. Em nota, o ministro informou que, conforme registrado em agenda p�blica, teve reuni�o apenas com representantes da empresa Odebrecht, no dia 5 de fevereiro, �s 15h30.
No encontro, conforme nota, a empresa teria se queixado de duas eventuais irregularidades que exigiriam provid�ncias do Minist�rio da Justi�a sem “nenhuma pertin�ncia com quaisquer decis�es judiciais tomadas no caso”. De acordo com o minist�rio, os advogados foram orientados a protocolar as representa��es, que se encontram em tramita��o na pasta.
“Em nenhum momento [o minist�rio] recebeu qualquer solicita��o de advogados de investigados na Opera��o Lava-Jato para que atuasse no sentido de criar qualquer obst�culo ao curso das investiga��es em quest�o ou para atuar em seu favor em rela��o a medidas judiciais decididas pelos �rg�os jurisdicionais competentes. Caso tivesse recebido qualquer solicita��o a respeito, em face da sua imoralidade e manifesta ilegalidade, teria tomado de pronto as medidas apropriadas para puni��o de tais condutas indevidas”, diz Cardozo na nota.
Nessa quarta-feira(18), o l�der do PPS na C�mara, deputado Rubens Bueno (PR) ingressou com representa��o na Comiss�o de �tica da Presid�ncia da Rep�blica solicitando investiga��o de encontro privado entre Cardozo e o advogado da UTC Engenharia, S�rgio Renault, e o tamb�m advogado Sigmaringa Seixas.
Para Bueno, as reuni�es “n�o seguiram os preceitos �ticos da administra��o p�blica federal e levantam suspeitas, j� que Cardozo � respons�vel pela Pol�cia Federal que investiga empreiteiras envolvidas na Opera��o Lava-Jato”.