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Estado de Minas

Movimentos reagem a pauta de Cunha


postado em 22/02/2015 09:31

S�o Paulo, 22 - Ao tomar posse no cargo de presidente da C�mara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) qualificou a Casa como "palco dos grandes debates da sociedade". Passados 22 dias da cerim�nia, por�m, ele j� est� sendo apontado como defensor de grupos religiosos conservadores. Em seu curto mandato, Cunha j� desarquivou ou acelerou a tramita��o de quatro projetos que envolvem quest�es relacionadas ao aborto e aos direitos dos homossexuais. Dois s�o de sua autoria. Um deles cria o Dia do Orgulho Heterossexual, para se contrapor ao que o deputado chama de "est�mulo da ideologia gay".

Essas iniciativas, somadas �s declara��es pol�micas do parlamentar, que � evang�lico, sobre gays e feministas, j� deram in�cio a um movimento de rea��o nas redes sociais, que come�a a se estender para as ruas.

Um ato organizado por movimentos sociais contra Cunha reuniu ontem cerca de 100 pessoas no centro de S�o Paulo. O protesto contou com a presen�a tr�s deputados federais: Jean Wyllys (PSOL-RJ), Erika Kokay (PT-DF) e Ivan Valente (PSOL-SP).

Antes de discursar, Wyllys disse que o presidente da C�mara pretende criar uma cortina de fuma�a: "Ele tem uma ficha corrida com mais de uma dezena de processos de corrup��o. Investe numa pauta homof�bica para criar uma cortina de fuma�a".

No ato, que teve estrutura prec�ria - o sistema de som n�o funcionou em boa parte do tempo -, Wyllys acusou Cunha de ser "muito esperto". "Conseguiu uma alian�a suprapartid�ria que amea�a os direitos individuais e das minorias. Sem falar que � um pol�tico que passou inc�lume por v�rios esc�ndalos pol�ticos".

Bruno Maia, do coletivo Pedra no Sapato - criador da Comiss�o Extraordin�ria de Direitos Humanos e Minorias em 2013, em protesto contra a posse do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presid�ncia da Comiss�o de Direitos Humanos da C�mara -, faz parte do grupo que agora quer voltar �s ruas. Para ele, o presidente da C�mara j� deu sinais suficientes de que vai agir contra os interesses das mulheres e dos gays e impedir iniciativas de revis�o da pol�tica de drogas.

Maia preocupa-se sobretudo com a presid�ncia da Comiss�o de Direitos Humanos, que ser� decidida nos pr�ximos dias. "Ele j� avisou que sob o comando dele as pautas de interesses desses grupos nem ser�o discutidas. O pr�ximo passo ser� entregar o comando das comiss�es para for�as ultraconservadoras."

Ado��o. Uma das iniciativas de Cunha que mais provocaram rea��es foi a cria��o de uma comiss�o especial para acelerar a tramita��o do Projeto de Lei 6.583, o Estatuto da Fam�lia. Apresentado em 2013 pelo deputado Anderson Ferreira (PR-PE), tamb�m evang�lico, o projeto quer oficializar como fam�lia apenas n�cleos formados pela uni�o entre um homem e uma mulher. Na pr�tica, o objetivo � impedir a ado��o de crian�as por casais formados por pessoas do mesmo sexo. No Brasil isso j� � poss�vel desde 2011, ap�s o Supremo Tribunal Federal ter dito que a Constitui��o impede restri��es aos gays.

Para Maria Julia Giorgi, do movimento M�es pela Igualdade, o maior temor � de que ocorra um retrocesso na �rea dos direitos civis: "Queremos que nossos filhos, que pagam impostos, tenham cidadania plena, com direito ao casamento e � ado��o".

A deputada Erika Kokay (PT-DF), que se destaca nos debates sobre direitos humanos, diz que Cunha usa a Presid�ncia da Casa como palco para a defesa de projetos pessoais e de grupos religiosos. "O Legislativo � um poder plural. As atitudes dele ferem essa pluralidade e a democracia." As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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