Bras�lia - Isolado na articula��o do governo com o PMDB desde que conduziu as negocia��es envolvendo a elei��o da presid�ncia da C�mara, o ministro da Secretaria de Assuntos Institucionais (SRI), Pepe Vargas, reuniu-se na manh� desta ter�a-feira com l�deres de partidos da base no Senado sem a participa��o do comandante da bancada peemedebista, o senador Eun�cio Oliveira (CE), ou qualquer um dos vice-l�deres do partido.
Ao ser questionado sobre a aus�ncia de um representante do PMDB, Vargas apenas confirmou que "o senador Eun�cio de fato n�o esteve na reuni�o". Ele disse que a tentativa em marcha pelo governo para se reaproximar da base � "normal" e deve ser intensificada. "O governo n�o deixa de dialogar com partido nenhum. Ent�o o debate, o di�logo, com os partidos vai persistir", afirmou.
O ministro tamb�m foi interpelado sobre reclama��es de partidos aliados para que o PT divida o �nus do ajuste fiscal enviado ao Congresso, que inclui mudan�as nas regras de acesso do seguro-desemprego, abono salarial, pens�o por morte, seguro-defeso e aux�lio-doen�a. "V�rios parlamentares fizeram interven��o revelando preocupa��es, inclusive, de forma p�blica, o que � normal. � absolutamente normal em medidas que tenham esse conte�do", considerou.
Vargas reuniu l�deres no Senado em um caf� da manh� no Pal�cio do Planalto e almo�a logo mais com lideran�as da base na C�mara em mais um esfor�o para garantir a aprova��o do ajuste. Questionado se o encontro pela manh� serviu para convencer os aliados, o ministro respondeu: "N�o havia ali o objetivo de a gente achar que todo mundo sai convencido em cima das propostas, agora � que o debate realmente vai come�ar."
De acordo com o titular da SRI, os l�deres n�o apresentaram propostas de corre��o das medidas durante a reuni�o. Segundo Vargas, a reuni�o de hoje inaugura uma s�rie de encontros nos pr�ximos dias com bancadas ou blocos partid�rios para que os parlamentares possam ter um conhecimento mais aprofundado das mat�rias, inclusive apresentando propostas.
"N�o discutimos concretamente nessa reuni�o nenhuma proposta diferenciada. Nenhum l�der levantou proposta alternativa, nenhum l�der levantou proposta a ser apreciada pelo governo. Foi uma primeira reuni�o, de nivelamento de informa��es, e agora na sequ�ncia a gente vai discutir concretamente os temas mais espec�ficos que cada bancada tem a apresentar", disse.
Aprova��o
O ministro disse ainda que o governo espera aprovar o pacote fiscal o "mais rapidamente poss�vel", mas que ir� respeitar o tempo do Congresso. "Logicamente que preservando o direito dos parlamentares de votar a mat�ria quando acharem que ela est� amadurecida ao ponto suficiente de ser apreciada pelas duas Casas", indicou.
Vargas defendeu as medidas como corretivas de "eventuais distor��es" na concess�o dos benef�cios. "� importante dizer que essas medidas n�o se inserem dentro de uma ideia fiscal de curto prazo. S�o medidas no sentido de fazer a preserva��o de benef�cios importantes e corrigir eventuais distor��es."
Apesar da defesa feita durante a reuni�o, o ministro sinalizou que os temas n�o s�o consenso na base. "Para cada tema existem preocupa��es dos senadores e senadoras, que querem um detalhamento maior de propostas, dados, estat�sticas, enfim, coisas desse g�nero", disse.