Cunha: rebaixamento de nota da Petrobras j� era 'mais ou menos esperado'

Bras�lia - O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avaliou nesta quarta-feira, 25, que o rebaixamento da nota da Petrobras pela ag�ncia de classifica��o de risco Moody's e a retirada do grau de investimento da estatal brasileira era "mais ou menos esperado" e que isso vai trazer �nus � empresa.

"J� era uma coisa mais ou menos esperada, mas n�o � uma coisa muito boa", disse Cunha nesta manh� ao comentar a decis�o da ag�ncia anunciada na noite de ter�a-feira, 24. "Isso vai ter �nus para a Petrobras. Isso vai passar a ter um pr�mio de custo de financiamento que a Petrobras vai ter que passar a pagar a partir de agora. N�o � bom", afirmou. "� grave e a sociedade vai acabar pagando um custo maior pela necessidade que a Petrobras ter� que captar para investir".

A Moody's rebaixou o rating de cr�dito corporativo da Petrobras em dois graus, de Baa3 para Ba2, al�m de cortar todas as outras notas da empresa. Segundo a ag�ncia, o rebaixamento reflete uma maior preocupa��o com as investiga��es de corrup��o que v�m sendo feitas dentro da Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal, assim como press�es de liquidez que podem acontecer em raz�o do atraso na entrega do balan�o auditado, que ainda n�o tem prazo determinado.

"A Petrobras j� causou impacto na economia. Isso vai agravar a situa��o da pr�pria Petrobras", disse Cunha, apesar de ponderar que h� outros fatores que interferem na imagem da economia do Brasil. "O Pa�s tem fatores de manuten��o de sua estabilidade como fator motivador, como garantidor de investimento".

PEC da Bengala

Ap�s reunir l�deres partid�rios e integrantes do judici�rio em sua casa na noite de ter�a, Cunha disse nesta quarta que ainda n�o h� data para votar a chamada PEC da Bengala - que estende de 70 para 75 anos a idade para aposentadoria compuls�ria de ministros de tribunais superiores. "Pode acontecer semana que vem ou n�o. � processo de amadurecimento do debate normal. Acabar� sendo votada".