
Bras�lia - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva defendeu esta manh� que o vice-presidente da Rep�blica e presidente do PMDB, Michel Temer, fa�a parte do n�cleo duro do governo Dilma Rousseff. Segundo Lula, o PMDB precisa, sim, ter um papel de protagonista na coaliz�o que apoia o governo da petista.
Renan Calheiros foi anfitri�o de um caf� da manh� em sua resid�ncia oficial do qual participaram Lula e lideran�as do PMDB como o l�der da bancada no Senado, Eun�cio Oliveira (CE), os senadores Romero Juc� (PMDB-RR), Roberto Requi�o (PMDB-PR), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Edison Lob�o (PMDB-MA), o ex-presidente e ex-senador Jos� Sarney (PMDB-AP), entre outros convidados.
O presidente do Senado disse que Lula lembrou no encontro que o vice dele, Jos� Alencar, participava de "todas as decis�es" do governo e que a mesma conduta deveria ocorrer agora. "� preciso que o governo envolva o vice-presidente Michel Temer em todas as decis�es porque ningu�m melhor do que o Michel interpreta o partido como um todo, ele � o pr�prio presidente", disse Renan, em entrevista na chegada ao seu gabinete no Senado.
Atualmente, o governo mant�m um n�cleo duro formado por seis ministros filiados ao PT - batizado de G-6 - que participam das principais decis�es do Executivo. O PMDB - partido que comanda o Senado e a C�mara e que tem a maior bancada nas duas Casas Legislativas - queixa-se do fato de ser alijado das discuss�es do Pal�cio do Planalto.
O peemedebista, que qualificou o encontro como "muito bom" por conta das "afinidades", disse que o ex-presidente n�o cobrou dos presentes apoio espec�fico para a aprova��o, pelo Congresso, do pacote de ajuste fiscal do governo. "O presidente (Lula) n�o falou especificamente, mas ele demonstrou especificamente muitas converg�ncias com todos n�s e pediu apoio para que sejam constru�das sa�das pol�ticas e econ�micas para o Brasil. Ele � sempre um otimista e, mais uma vez, ele fez uma defesa veemente desse otimismo", afirmou.
Renan Calheiros disse que os peemedebistas afirmaram a Lula que o ajuste � "insuficiente" e "p�fio" e reafirmou que o PMDB defende um esfor�o mais amplo com cortes de gastos do pr�prio Executivo e revis�o de contratos. Segundo ele, o ex-presidente concordou com o diagn�stico.
"Ele (Lula) concorda que deve haver um ajuste mais amplo, n�s defendemos isso. Ali�s, o PMDB est� muito unido em torno dessa possibilidade para que tenhamos um ajuste com come�o, meio e fim, para que todos saibam que o ajuste n�o ficar� apenas naquelas medidas anunciadas contidas nas medidas provis�rias que transferem uma parte do problema para a parcela mais pobre da popula��o. � preciso construir alternativas para o ajuste", disse Renan.
O ex-presidente, segundo Renan, afirmou ter demonstrado "preocupa��es" com o momento econ�mico atual. O presidente do Senado disse que Lula defendeu a necessidade de encadear as a��es, desenvolver as pol�ticas p�blicas e apresent�-las � sociedade a fim de seguir em frente "olhando para o crescimento do Brasil".
O presidente do Senado disse que Lula tem buscado conversar com a sociedade e com atores pol�ticos - ele lembrou que nessa quinta, 25, o ex-presidente participou de um jantar com a bancada do PT no Senado. Renan disse que ele e o Pa�s entendem que o papel do petista � "fundamental" e "insubstitu�vel", assim como de outros ex-presidentes da Rep�blica.