For�a-tarefa da PGR faz ajustes finais para denunciar pol�ticos na Lava-Jato

Bras�lia – Prestes a apresentar pedidos de inqu�ritos contra pol�ticos, Rodrigo Janot passou a quinta-feira fechado na Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), em encontros e conversas sobre a Opera��o Lava-Jato e reuni�es com sindicalistas, que pedem aumento salarial para os servidores do Minist�rio P�blico, em estado de greve. Pela manh�, ele conversou com o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, no Pal�cio do Jaburu, para tentar evitar que o corte no Or�amento a ser aprovado pelo Congresso comprometa o reajuste.

O grupo de trabalho criado por Janot manteve reuni�es na PGR para finalizar as pe�as dos pedidos. Apesar de o prazo para a conclus�o concluir dos inqu�ritos contra pol�ticos envolvidos em acusa��es de corrup��o na Petrobras terminar no dia 28, as a��es devem ser conclu�das na semana que vem. Um investigador acredita que at� ter�a-feira. Alguns pedidos j� est�o prontos e passam por uma equipe de revisores, que tenta uniformizar os textos das pe�as. A equipe de nove procuradores e dois promotores do Minist�rio P�blico do Distrito Federal tem trabalhado frequentemente at� as 22h e nos fins de semana e feriados.

Na conversa no Jaburu, ningu�m perguntou da lista de pol�ticos a ser apresentada ao Supremo Tribunal Federal. Um dos interlocutores disse que Janot estava nervoso e que, por isso, preferiu nem questionar o assunto, tratado em sigilo pela PGR.

Hoje, o procurador vai a Uberl�ndia (MG), em um ato em torno do promotor Marcus Vin�cius Ribeiro, baleado em atentado em Alto Parna�ba (MG) na semana passada. “O epis�dio demonstra como os agentes p�blicos que se dedicam ao combate � corrup��o e desvios de dinheiro da popula��o est�o vulner�veis �s rea��es violentas de pessoas flagradas cometendo crimes”, disse a PGR em nota no domingo. (EM e Paulo De Tarso Lyra)

R$ 106 milh�es confiscados

O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, S�rgio Moro, determinou ontem o confisco de R$ 106 milh�es do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerver�. O valor bloqueado corresponde � convers�o da suposta propina de US$ 40 milh�es, referente � compra de navios-sonda, para reais. Parte dos valores j� foi depositada em contas judiciais. A 13ª Vara ainda determinou que estrangeiros sejam questionados sobre o pagamento de propina na compra de dois navios-sondas pela Petrobras. No neg�cio, de US$ 1,2 bilh�o, os subornos teriam sido intermediados pelos operadores Fernando “Baiano” Soares, J�lio Camargo e Alberto Youssef. Cerver� e Baiano negam a acusa��o. Moro determinou que sejam enviadas perguntas �s testemunhas Ishiro Inagaki, morador no Jap�o; Harris Lee e J. W. Kim, ambos da Coreia do Sul; Yasuyuki Fujitani, de Grand Cayman; e Cl�udio Castejon, em Amsterdam, na Holanda.