Bras�lia, 27 - Depois de refor�ar esta semana a articula��o pol�tica do governo ao se reunir, em duas ocasi�es distintas, com senadores do PMDB e do PT, em Bras�lia, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva planeja ter um novo encontro reservado com sua afilhada pol�tica, a presidente Dilma Rousseff, na semana que vem.
Ainda n�o h� data nem local para a conversa, a segunda entre os dois desde o �ltimo dia 13, quando Dilma foi a S�o Paulo e encontrou-se com o ex-presidente num hotel. De acordo com interlocutores ouvidos pelo Broadcast Pol�tico, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, o presidente quer passar a Dilma as impress�es colhidas no jantar com senadores petistas na �ltima quarta-feira, 25, e no caf� da manh� com peemedebistas, na resid�ncia oficial de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, na quinta, 26.
Preocupado com a crise pol�tica e econ�mica que recai sobre o governo Dilma, Lula decidiu assumir pessoalmente as costuras pol�ticas do governo. Sua primeira tarefa foi apaziguar os �nimos do PMDB. A principal legenda aliada se queixa da estrat�gia adotada pelo Pal�cio do Planalto de tentar isol�-la com o fortalecimento dos partidos dos ministros Gilberto Kassab (PSD) e Cid Gomes (PROS).
Na conversa que tiveram em 13 de fevereiro, ap�s um longo per�odo de afastamento, Lula aconselhou Dilma a viajar pelo Pa�s e explicar o ajuste fiscal elaborado por sua equipe econ�mica. Tamb�m defendeu que o Planalto sele uma tr�gua imediata com o PMDB, fiel da governabilidade.
Poucos dias depois, o petista desembarcou em Bras�lia. Num jantar com senadores do PT, afirmou aos presentes que, para relaxar a tens�o pol�tica, Dilma deve incluir seu vice, Michel Temer (PMDB), no n�cleo duro de decis�es do Planalto.
O grupo, apelidado de G-6, � formado apenas por ministros petistas - Aloizio Mercadante (Casa Civil), Pepe Vargas (Rela��es Institucionais), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Jaques Wagner (Defesa), Ricardo Berzoini (Comunica��es) e Jos� Eduardo Cardozo (Justi�a).
No dia seguinte, na casa de Renan, Lula fez um afago ao peemedebista, disse que era preciso mudar a correla��o de for�as na coaliz�o e ouviu cr�ticas dos parlamentares do PMDB pela perda de protagonismo no governo.