Rio, 02 - O ministro da Defesa, Jaques Wagner, interlocutor frequente de Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira, 2, que a cr�tica feita pela presidente a uma declara��o do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi um "alinhamento". "Talvez a forma n�o estivesse alinhada. Ele (Levy) falou, ela (Dilma) trouxe a quest�o para o ponto de vista que � dela, mas n�o acho que tenha nenhuma desconfian�a", afirmou o ministro, que esteve no Rio para a aula magna do Curso Superior de Defesa da Escola de Guerra Naval.
"A presidenta � quem designa seus ministros, o que demonstra confian�a na capacidade de conduzir. A forma como foi abordado o tema e consertado do ponto de vista dela (Dilma) � um direito dela, na medida que � presidenta da Rep�blica. N�o quer dizer necessariamente que seja uma descren�a na capacidade do Levy. Eu pessoalmente acredito que ele tem capacidade de fazer. Esses balizamentos quem faz � a presidenta, em �ltima an�lise, depois do debate", disse Levy em entrevista.
No s�bado, 28, em viagem ao Uruguai, Dilma disse que Levy foi "infeliz" ao chamar de "grosseira" a desonera��o da folha de pagamentos, medida adotada pela presidente em seu primeiro mandato. O ministro fez a declara��o na sexta-feira, 27, durante an�ncio do pacote de aumento de impostos e redu��o de benef�cios a empresas. No dia seguinte, a presidente fez a primeira cr�tica p�blica a Levy, que assumiu h� dois meses.
Jaques Wagner lembrou o per�odo em que foi ministro do Trabalho, no governo de Luiz In�cio Lula da Silva. "Vivi muito com o presidente Lula. Sentavam os ministros da Casa Civil, da Fazenda, do Planejamento, eu, que era ministro do Trabalho, para discutir, por exemplo, sal�rio m�nimo. Ouvidas todas as partes, o presidente tomava decis�o e havia um alinhamento", afirmou.
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Para Jaques Wagner, cr�tica de Dilma a declara��o de Levy foi "alinhamento"
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