Bras�lia, 04 - O plen�rio da C�mara dos Deputados acaba de aprovar um requerimento de convoca��o do ministro da Educa��o, Cid Gomes (PROS-CE). Os deputados querem que o ministro esclare�a sua declara��o, dada na Universidade Federal do Paran� na sexta-feira passada, 27, sobre a exist�ncia de "300 a 400 achacadores" na Casa.
O requerimento, proposto pelo DEM, foi aprovado por 280 deputados, 102 contra e quatro absten��es. A oposi��o avisou que pedir� � Procuradoria da C�mara para que entre com interpela��o judicial contra Cid.
S� PT, PCdoB, PDT e PROS (partido do ministro) orientaram voto contra a proposta e tentaram durante toda a sess�o converter o requerimento de convoca��o em convite. A lideran�a do governo liberou a base aliada para votar livremente. "N�o � necess�rio ser desta forma", apelou o l�der do PROS, Domingos Neto (CE).
O l�der governista Jos� Guimar�es (PT-CE) reconheceu a frase do ministro foi "infeliz", mas disse que n�o era necess�rio tensionar mais a rela��o entre governo e Parlamento. "Foi uma palavra que saiu e que n�o volta mais, como uma flecha", concordou o l�der do PT, Sib� Machado (AC).
A oposi��o se aliou ao PMDB na alega��o de que o ministro foi "mal educado e desrespeitoso" com a C�mara. "Temos que mostrar que esse Parlamento se respeita", defendeu o l�der do PSC, Andr� Moura
(SE).
No evento no Paran�, Cid criticou a elei��o do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presid�ncia da C�mara e disse que os "300 ou 400 parlamentares" querem um governo mais fr�gil para achac�-lo. "Ele vai ter que vir aqui explicar quem s�o os achacadores do Congresso. Um governo que tem como lema 'P�tria Educadora' n�o pode ter um ministro da Educa��o mal educado", reagiu Cunha.
Em retalia��o, o peemedebista retirou de pauta o projeto do MEC que cria Instituto Nacional de Supervis�o e Avalia��o da Educa��o Superior (Insaes). O projeto visa criar uma entidade para avaliar e regular as faculdades no Pa�s. Cunha avisou que o tema s� retornar� � pauta se a presidente Dilma Rousseff solicitar a urg�ncia formalmente. A vota��o era um pedido do ministro.