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Estado de Minas

Presidentes da C�mara e do Senado sob amea�a de investiga��o no STF

Renan e Cunha est�o entre os pol�ticos acusados pela PGR de envolvimento nos desvios da estatal. Segundo delator, presidente do Senado recebeu propina acima da "tabela" de cartel


postado em 05/03/2015 06:00 / atualizado em 05/03/2015 11:30


Bras�lia – O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pediu abertura de inqu�rito contra os dois presidentes das Mesas do Congresso Nacional por envolvimento em esquemas de corrup��o na Petrobras apurados pela Opera��o Lava-Jato. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RN) est�o entre as 54 pessoas na lista de investigados enviada pelo Minist�rio P�blico ao Supremo Tribunal Federal (STF) na ter�a-feira. Em depoimento da dela��o premiada, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa afirmou que, al�m da propina de 3% cobrada sobre contratos com um cartel de empreiteiras, foi preciso fazer um pagamento adicional a ser destinado a Renan. Os dois parlamentares negam as acusa��es.

A rela��o de Janot inclui parlamentares das principais legendas indicadas por delatores da Lava-Jato como benefici�rias de esquemas de propinas na estatal: Paulo Roberto e o doleiro Alberto Youssef. Eles prestaram depoimentos em regime de colabora��o premiada, confessando crimes e entregando outros participantes da organiza��o em troca de redu��o de suas penas. A lista inclui os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Ciro Nogueira (PP-PI), segundo o Estado de Minas apurou. Al�m deles, fazem parte da rela��o os deputados Eduardo da Fonte (PP-PE), Sim�o Sessim (PP-RJ) e Nelson Meurer (PP-SC). A rela��o, no entanto, � maior. Os 28 pedidos de investiga��o de Janot t�m ainda os senadores Romero Juc� (PMDB-RR), Edison Lob�o (PMDB-MA), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ), de acordo com o site Congresso em Foco. O ex-ministro das Comunica��es Paulo Bernardo (PT-PR) tamb�m, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

O Minist�rio P�blico ainda pediu o arquivamento de sete investiga��es. Uma delas, contra o senador e ex-candidato � Presid�ncia A�cio Neves (PSDB-MG). Ontem, o tucano disse que o arquivamento � uma “homenagem”. Em nota � imprensa, A�cio divulgou trecho de mensagem do advogado de Alberto Youssef, Figueiredo Basto, sobre a cita��o de seu nome em depoimento do doleiro: “Importante dizer que o Youssef nunca falou espontaneamente do senador A�cio Neves, em raz�o de que n�o o conhece e nunca teve com ele qualquer tipo de rela��o ou neg�cio. Quando questionado  sobre fatos envolvendo o ex-deputado federal Jos� Janene, Youssef esclareceu que nunca esteve com o senador A�cio Neves ou com sua irm�, e que somente ‘ouviu dizer’, que A�cio teria ‘neg�cios’ ou influ�ncias em Furnas, sem contudo indicar um fato concreto que justificasse tal suspeita”. O texto do advogado foi enviado a A�cio em resposta a consulta feita pelo senador a respeito de boatos de que seu nome teria sido citado pelo delator. “N�o existe qualquer fato concreto ou prova que vincule o senador A�cio Neves com meu cliente”, afirma ainda Basto.

Outro arquivamento foi sobre o ex-presidente da C�mara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), candidato a assumir um minist�rio no governo federal. Segundo o EM apurou, a maioria dos arquivamentos n�o � definitiva. Os procuradores que auxiliaram Janot recomendaram que as apura��es fossem enviadas para a for�a-tarefa da Lava-Jato no Paran� para investigar pessoas sem foro privilegiado. Eles encontraram apenas men��es de terceiros nas dela��es sobre os pol�ticos. No entanto, se a for�a-tarefa e a Pol�cia Federal localizarem novos elementos contra parlamentares, os casos voltam ao Supremo.

Fundo de pens�o

Renan Calheiros negou ontem que tenha sido notificado por estar no rol de investigados na Lava-Jato. Ele tamb�m disse que n�o teve participa��o no esquema, que, segundo Youssef e a contadora Meire Poza, envolveu investimentos de fundos de pens�o da Caixa (Funcef) e dos Correios (Postalis). “Eu n�o tenho absolutamente nada a ver com isso”, afirmou Renan. No caso de Eduardo Cunha, o policial federal afastado Jayme “Careca” Alves disse que, a mando de Youssef, entregou dinheiro de propina que seria destinado ao presidente da C�mara. A casa � de um aliado de Cunha: o deputado estadual Jorge Picciani, presidente do PMDB do Rio.

O senador Humberto Costa foi acusado por Paulo Roberto Costa de ter recebido R$ 1 milh�o para sua campanha, provenientes de esquemas de corrup��o na Petrobras. Ontem, ele negou irregularidades. “A minha consci�ncia est� tranquila”, disse. “Nunca participei de nenhum processo de corrup��o ou de superfaturamento de licita��o.” Costa minimizou a abertura dos inqu�ritos. “O mais importante � que todos saibam que essa lista � apenas um pedido de investiga��o. Muita gente vai conhecer o que tem contra si e vai poder se defender. Temos que trabalhar com cautela para que n�o transformemos inocentes em culpadas e vice-versa.” Os outros investigados negaram as acusa��es em declara��es anteriores.

O ministro relator da Opera��o Lava-Jato, Teori Zavascki, pretende concluir a an�lise dos procedimentos de investiga��o contra pol�ticos at� amanh�, inclu�dos os sete com proposta de arquivamento. A divulga��o dos nomes ocorrer� s� depois dos despachos do magistrado. Ontem, o ministro do STF Marco Aur�lio Melo afirmou que haver� “suspei��o” enquanto durar o sigilo sobre dos nomes dos envolvidos na Opera��o Lava-Jato. “A suspei��o recai sobre todos os pol�ticos”, disse.


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