Bras�lia, 05 - A presidente Dilma Rousseff decidiu esperar um momento de menos turbul�ncia pol�tica para indicar o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Diante do clima de confronto criado com a lista de pol�ticos suspeitos de envolvimento no esc�ndalo de corrup��o na Petrobras e com a perspectiva de sofrer nova derrota, caso o nome passasse agora por sabatina no Senado, Dilma resolveu segurar mais um pouco a indica��o.
Na lista dos cotados para substituir o ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa est�o o jurista Cl�merson Merlin Cl�ve, professor titular da Universidade Federal do Paran�, e o tributarista Heleno Torres, que s� n�o chegou � Corte em 2013 porque Dilma atribuiu a ele o "vazamento" da not�cia sobre sua nomea��o.
Embora Torres seja o candidato preferido do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, desta vez o ministro tamb�m apresentou ao governo outros dois nomes que o agradariam: Marcus Vin�cius Furtado Co�lho, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e o jurista paranaense Luiz �dson Fachin.
O governo sofreu novo rev�s na noite dessa quarta-feira, 4, quando a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que aumenta a idade de aposentadoria dos ministros de tribunais superiores de 70 para 75 anos foi aprovada em primeiro turno pela C�mara. Conhecida como "PEC da Bengala", a proposta ainda depende de uma segunda vota��o, mas, de qualquer forma, o que ocorreu ontem j� � um sinal do clima de rebeli�o da base aliada, principalmente do PMDB, contra o governo Dilma.
Se receber sinal verde do Congresso, a PEC da Bengala tira de Dilma o direito de indicar cinco ministros do Supremo at� o fim do seu mandato, em 2018. Agora, por�m, o governo considera que � preciso "baixar a poeira" da crise pol�tica antes de enviar ao Senado um candidato para ser sabatinado.
O desembargador Xavier de Aquino conta com a simpatia do vice-presidente Michel Temer para ocupar a vaga de Barbosa no Supremo, mas, segundo informa��es obtidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, n�o tem chance. Perderam for�a as candidaturas dos ministros do Superior Tribunal de Justi�a (STJ) Mauro Campbell, Benedito Gon�alves e Lu�s Felipe Salom�o porque o governo n�o v� com bons olhos a acirrada disputa interna, que divide a Corte.