S�o Paulo - O Instituto Lula confirmou que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva n�o ir� participar do ato convocado pela Central �nica dos Trabalhadores (CUT) no pr�ximo dia 13, em S�o Paulo.
O ex-presidente n�o chegou a confirmar sua presen�a no evento, mas a certeza de sua aus�ncia vem no momento em que a CUT endurece o discurso contra medidas fiscais tomadas pelo governo Dilma Rousseff.
Al�m da defesa da Petrobras e do combate � corrup��o, o ato do dia 13, convocado em v�rias capitais do Pa�s, deve protestar contra as Medidas Provis�rias 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, pens�o por morte e aux�lio-doen�a. Em manifesto, as centrais sindicais envolvidas na mobiliza��o classificaram as mudan�as como "ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora". "Defender os trabalhadores � lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora", dizia o texto, divulgado nesta quarta-feira, 04.
Nesta quinta-feira,0 5, o presidente nacional da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, criticou o ajuste fiscal promovido pelo governo e disse que a entidade nunca apoiou o PT, e sim os programas de governo apresentados, abrindo brecha para aproxima��o com outras legendas. "Pode ser que um dia a CUT apoie um candidato � Presid�ncia da Rep�blica que n�o seja do PT", disse o dirigente da central, que no ano passado declarou apoio e colocou militantes na rua pela reelei��o de Dilma. "Pode ser que voc� tenha um candidato de qualquer outro partido que tenha no seu programa aquilo que n�s defendemos."
O ato do dia 13 gerou preocupa��o no Pal�cio do Planalto, que tentou convencer a CUT a alterar os planos. O receio � de que a manifesta��o da central infle os protestos pelo impeachment de Dilma, marcados para o dia 15, e provoquem compara��es desfavor�veis ao governo. Diante das tentativas, a CUT reafirmou os planos para a pr�xima sexta-feira. "Nossa manifesta��o � em defesa de direito dos trabalhadores, em defesa da Petrobras, n�o em defesa do governo", disse Adi dos Santos, presidente da central em S�o Paulo.