Deputados cobram que citados sejam ouvidos pela CPI da Petrobras

A lista com os alvos de inqu�rito no Supremo Tribunal Federal (STF) no �mbito da Opera��o Lava-Jato servir� para intensificar os trabalhos na CPI da Petrobras da C�mara dos Deputados. Mal tinha sido divulgada a rela��o de parlamentares enviada pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ao ministro do STF Teori Zavascki, integrantes da CPI j� anunciavam que pretendem convocar todos os citados para prestar depoimento no Congresso. Caso os pedidos sejam aprovados, pelo menos mais 54 pessoas falar�o � comiss�o, al�m dos 24 j� convocados.

Entre os que devem ser ouvidos est�o os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), da C�mara, Eduardo Cunha, ambos do PMDB. Integrante da CPI, o deputado federal Ivan Valente (PSol-SP) defende que todos os nomes divulgados ontem pelo STF alvos de inqu�rito sejam chamados a se explicar. “Isso � obriga��o da CPI. Eles, inclusive, devem merecer prioridade em rela��o aos outros. O parlamento est� exposto. � preciso esclarecer as coisas o mais r�pido poss�vel. Deve-se analisar a lista, porque alguns casos possivelmente t�m mais gravidade do que outros”, disse.

O segundo vice-presidente da CPI, deputado Felix J�nior (PDT-BA), avalia que os casos devem ser analisados cuidadosamente, mas tamb�m defende a convoca��o imediata dos citados. “N�o vejo porque n�o chamar todos. Tudo que for relacionado � CPI da Petrobras e tiver no foco da comiss�o tem de chamar.” Para o deputado, a an�lise deve incluir tamb�m os nomes citados, mesmo que arquivados. Um deles � o caso da presidente Dilma Rousseff, que foi citada, por�m n�o se tornou foi alvo de abertura de inqu�rito ou arquivamento pelo entendimento da Procuradoria-Geral da Rep�blica de n�o ter compet�ncia para analisar o caso dela. “No meu entendimento, a an�lise n�o deve ser partid�ria nem levar em conta o posto da pessoa. Nome citado tem que analisar e verificar”, disse.

Segundo ele, o presidente da C�mara foi anteontem � comiss�o e disse que se colocaria a disposi��o. J� o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), esquivou-se e preferiu n�o defender nenhuma convoca��o. “Todo requerimento que chegar � secretaria da CPI ser� pautado, sem distin��o”, afirmou.