
A crise pol�tica que fermenta nos corredores de Bras�lia tomar� as ruas nesta semana em duas manifesta��es marcadas por governistas e oposicionistas. Na sexta-feira, convocados pela Central �nica dos Trabalhadores, sindicalistas e representantes dos movimentos sociais protestar�o em defesa da Petrobras, contra o arrocho econ�mico, em defesa do governo e da reforma pol�tica pregada pelo PT. No domingo, ser� a vez dos oposicionistas, cr�ticos da presidente Dilma Rousseff, dos esc�ndalos de corrup��o, sobretudo o da Petrobras mostrarem a insatisfa��o quanto ao atual quadro pol�tico nacional. Nesse grupo, incluem-se aqueles defensores do impeachment de Dilma.
Com os �nimos a�ulados pelas declara��es de parte a parte, o temor � que as manifesta��es se transformem em atos de pancadaria, mesmo tendo sido marcadas para dias distintos. O movimento das oposi��es, que at� o momento teria confirmado a presen�a de cerca de 1 milh�o de pessoas, foi marcado com uma maior anteced�ncia. A convoca��o feita pela CUT � mais recente e serviu como um contraponto � press�o exercida pelos cr�ticos de Dilma.
Nesse meio termo, durante evento em defesa da Petrobras, no Rio, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva convocou o “ex�rcito do MST” para ajudar na briga contra a oposi��o. “Coincid�ncia ou n�o, depois de um tempo quietinhos, os sem-terra invadiram uma fazenda no Paran� e destru�ram 14 anos de pesquisa gen�tica”, assustou-se um militante petista. “Eu espero, sinceramente, que o ex�rcito do St�dile n�o atenda � convoca��o de Lula”, completou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
A d�vida entre os organizadores de parte a parte � que manifestantes estar�o nas ruas. Ainda est� presente na cabe�a dos brasileiros os protestos de junho de 2013, quando pessoas de diversas classes sociais foram �s ruas, inicialmente para reclamar do aumento na tarifa de �nibus e, posteriormente, com uma pauta bem mais diversificada. De l� para c�, as passeatas diminu�ram em quantidade de pessoas e aumentaram em viol�ncia, gra�as � presen�a dos black blocs.
No Planalto, a expectativa � grande, embora os colaboradores dilmistas n�o queiram passar recibo exagerado sobre os riscos do movimento contra a presidente. Confidencialmente, eles admitem que o 15 de mar�o ser� um instante de inflex�o. A mais recente pesquisa de opini�o mostrou que a popularidade de Dilma despencou para pouco mais dos 20% de aprova��o — a metade que tinha �s v�speras das elei��es.
“Eu espero, sinceramente, que o ex�rcito do St�dile n�o atenda � convoca��o de Lula”
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), senador
O que vem por a�
Entre sexta e domingo, defensores da Petrobras, do governo, do impeachment da presidente e cr�ticos quanto � atual onda de corrup��o prometem lotar as ruas do pa�s para protestar
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