Rio, 09 - No momento de maior tens�o na rela��o do PMDB com o governo, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira, 9, que � pouco prov�vel a manuten��o da alian�a com o PT nas elei��es presidenciais de 2018. "Dificilmente o PMDB vai marchar em 2018 com a mesma alian�a em que est� hoje. Est� chegando o momento em que as diverg�ncias s�o maiores que as converg�ncias", afirmou em entrevista coletiva no Rio ap�s participar de um almo�o com empres�rios promovido pela Associa��o Comercial do Rio de Janeiro.
Cunha voltou a acusar o governo de interfer�ncia na elabora��o da lista enviada pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) com pedidos de abertura de inqu�rito para investigar a participa��o de pol�ticos no esquema de corrup��o da Petrobras. Cunha � um dos 34 parlamentares investigados na opera��o Lava Jato.
"N�o estou satisfeito com a interfer�ncia do governo. Quem tem que combater a corrup��o � o governo. A corrup��o � do governo e da Petrobras", disse, acrescentado que h� uma tentativa de dividir o �nus de uma crise do governo.
Para o presidente da C�mara, o comportamento do governo nos pedidos de investiga��o "compromete confiabilidade". O deputado tamb�m voltou a criticar a lista elaborada pelo procurador-geral da Rep�blica. "A peti��o do Janot � uma piada, o procurador escolheu a quem investigar. Houve incoer�ncia, com dois pesos e duas medidas", disse.
Cunha comentou o panela�o e as manifesta��es contra a presidente Dilma Rousseff, que ocorreram ontem durante o pronunciamento oficial em defesa do ajuste fiscal. O deputado rejeitou a tese de que o movimento foi orquestrado pela oposi��o e considerou um "sinal de alerta" da insatisfa��o de parcela da sociedade.
O presidente da C�mara disse que � "natural" a organiza��o de novas manifesta��es em todo Pa�s no dia 15 de mar�o, "desde que n�o se busque a ruptura". Cunha reiterou ser contr�rio ao pedido de impeachment da presidente, que considerou uma tentativa de golpe.
O deputado afirmou ainda que � preciso evitar que a crise atual contamine a economia. "Tem uma crise econ�mica hoje, mas ela � essencialmente pol�tica. N�s temos que evitar que o Brasil perca o grau de investimento, a confian�a dos investidores, que a instabilidade pol�tica n�o seja fator de afugentar investidores. Precisamos ter consci�ncia do papel que temos que desempenhar para dar um sinal de tranquilidade para os investidores e o mercado. Se n�o fizermos isso, vamos aprofundar a crise econ�mica".
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Cunha v� PMDB fora da alian�a com PT em 2018
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