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Estado de Minas

'Panela�o' do domingo agita redes sociais e tem reflexos no Planalto e na oposi��o

Protesto provoca rea��es tanto do governo quanto da oposi��o. Presidente diz que sociedade n�o aceitar� ruptura da democracia. Para FHC, impeachment n�o � solu��o


postado em 10/03/2015 06:00 / atualizado em 10/03/2015 12:02

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, em rede nacional, em comemora��o ao Dia Internacional da Mulher e em defesa das medidas fiscais da economia, colocou ainda mais lenha na crise pol�tica que o pa�s vem atravessando desde sua reelei��o. O panela�o, promovido pelos descontentes com a administra��o petista, provocou ontem rea��es fortes da pr�pria presidente, do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e uma onda de coment�rios nas redes sociais. Durante solenidade para san��o da Lei do Feminic�dio, Dilma disse que as manifesta��es s�o leg�timas, mas ressaltou que a defesa de um terceiro turno da elei��o presidencial � “uma ruptura da democracia.”

Em defesa da democracia, a presidente Dilma contou com o apoio at� do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), um dos principais l�deres da oposi��o. Para FHC, um eventual impeachment n�o seria solu��o. “Tirar a presidente da Rep�blica n�o adianta nada. O que vai fazer depois?”, disse durante semin�rio no Instituto FHC, em S�o Paulo. No entanto, ao fazer uma an�lise da conjuntura pol�tica, o tucano criticou o modelo de presidencialismo que chamou de “coopta��o”, o qual estaria exaurido, e completou: o sistema pol�tico est� espatifado. O candidato derrotado do PSDB � vice-presid�ncia da Rep�blica, senador Aloysio Nunes, tamb�m afastou a hip�tese de impeachment, mas foi duro. Afirmou que queria ver a petista “sangrar” durante os pr�ximos quatro anos de governo.

J� o senador A�cio Neves (PSDB-MG) criticou a postura da presidente. Disse que “as manifesta��es que ocorrem nas redes sociais, nos panela�os e nas ruas n�o defendem um terceiro turno. O PT n�o � uma inst�ncia suprema que pode decidir quais opini�es s�o leg�timas e quais n�o s�o”. E foi al�m: “o PT continua tentando tapar o sol com a peneira ao tentar responsabilizar a oposi��o pelas repetidas, e cada vez mais frequentes, manifesta��es cr�ticas ao governo. Fazer uma mea-culpa, admitindo os graves erros cometidos do ponto de vista gerencial e �tico, talvez seja um bom recome�o para se tentar resgatar, pelo menos em parte, a confian�a perdida”.

No meio do turbilh�o, a presidente Dilma Rousseff anunciou ontem que deve se encontrar hoje com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, depois de participar em S�o Paulo da abertura de uma feira para o setor de constru��o civil. “O presidente Lula � uma lideran�a que a presen�a dele, eu acho, contribui, porque ele tem no��o de estabilidade, ele tem compromisso com o pa�s. Ele n�o � uma pessoa que gosta de botar fogo em circo”, justificou. Dilma disse tamb�m que na democracia � preciso conviver com as diferen�as e que n�o se podem aceitar atos de viol�ncia em protestos. “Eu acredito que a sociedade brasileira n�o aceitar� rupturas democr�ticas. E eu acho tamb�m que n�s amadurecemos suficientemente para isso”, completou.

Falando no mesmo tom da presidente, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, tamb�m defendeu o direito de manifesta��o dos descontentes. “O protesto � um direito do cidad�o. Discordar do governo, expressar opini�es. Reconhecemos plenamente o direito de manifesta��o, mas preocupa porque a elei��o foi bastante polarizada, Segundo ele, os protestos foram realizados em cidades e bairros onde Dilma foi derrotada na elei��o. Mesma avalia��o do vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer. “A elei��o acaba quando algu�m vence, e n�s vencemos”, afirmou o ministro.

Internet

Outro bom term�metro para avaliar o tamanho do rastilho de p�lvora causado pelo pronunciamento de Dilma � o bate-boca virtual que h� dois dias domina o pr�prio perfil oficial da presidente no Facebook. O post de seu pronunciamento registrava ontem, �s 18h, 633.707 visualiza��es, 12.650 compartilhamentos, 18.688 curtidas e 13.830 coment�rios. Em diferentes tons, mais ou menos exaltados, mais ou menos educados, cada um deixou o seu recado. “D� um jeito nessa bagun�a, come�a enxugando minist�rio, reforma pol�tica, ca�a a corruptos. N�o me pe�a paci�ncia, tenho dois empregos, luto por minha fam�lia, n�o me pe�a paci�ncia”, reclamou Ernesto Almeida Lisboa. “ Parab�ns presidente Dilma Roussseff, a senhora honra o meu voto e os mais de 54 milh�es de brasileiros que lhe confiaram a miss�o de governar esta grande na��o chamada Brasil, ainda que tenha enfrentar a f�ria dos poderosos da m�dia e do Congresso... “, devolveu Cristiam Fellipe. (Com ag�ncias)


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