Bras�lia, 10 - O relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz S�rgio (PT-RJ), minimizou a declara��o do ex-gerente executivo da Diretoria de Servi�os da Petrobras Pedro Barusco sobre um suposto repasse de recursos para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2010, quando ela foi eleita presidente pela primeira vez.
Questionado a quem eram destinados os valores arrecadados junto � SBM Offshore, Barusco disse que o dinheiro foi dado na �poca da elei��o presidencial em que disputavam o tucano Jos� Serra contra a petista Dilma Rousseff, em 2010. Ele ressaltou que o dinheiro foi encaminhado ao PT por meio do tesoureiro do partido, Jo�o Vaccari Neto. "Foi solicitado � SBM um patroc�nio de campanha, s� que n�o foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei num acerto de contas em outro recebimento", afirmou.
Luiz S�rgio minimizou. "O que ouvi � que ele disse que participou apenas da negocia��o de porcentuais, mas n�o afirmou ali nem trouxe dados novos acerca de se o Vaccari recebeu ou n�o recebeu. Ele n�o trouxe nenhum dado novo a respeito desse tema", afirmou em entrevista ap�s a sess�o.
Ao comentar as declara��es de Barusco a respeito do suposto repasse � campanha de Dilma, o presidente da CPI, o peemedebista Hugo Motta (PB), disse esperar "imparcialidade" nos trabalhos da comiss�o. "Isso � um processo que temos que adentrar nessas investiga��es. Foram declara��es relevantes, mas temos outros depoimentos marcados para que, ao final, o relator possa ter a sua conclus�o. Espero eu uma conclus�o imparcial e isenta de interfer�ncias. � isso que defendemos", disse Motta.
FHC
Com a estrat�gia de usar o depoimento de Barusco para atingir o governo de Fernando Henrique Cardoso frustrada, o petista relativizou o impacto da fala do ex-gerente. "A meu ver, o depoimento do Barusco n�o trouxe nenhum fato al�m daquilo que n�s tivemos acesso na dela��o que circulou na imprensa e nas redes sociais", afirmou. "O ideal, a meu ver, � que naquele per�odo (governo FHC) ele pudesse aprofundar porque � imposs�vel imaginar que a corrup��o na Petrobras tenha nascido com ele, sozinho, a partir de 1997", afirmou.
Barusco disse que come�ou a receber propina de forma individual em 1997, mas que os pagamentos de forma organizada e envolvendo diretores da estatal e o tesoureiro do PT tiveram in�cio em 2004.
"O depoimento do senhor Barusco foi muito claro quando ele delimitou que no per�odo de 1997 e 1998, ou seja, no per�odo que antecede o per�odo que a comiss�o tem que investigar, ele n�o tinha uma corrup��o institucionalizada, uma corrup��o pol�tica. Ele tinha uma corrup��o pessoal. Ele n�o imputou a nenhum membro do governo anterior, a nenhum diretor, nenhuma culpa dos processos de propina que ele recebeu anteriormente", afirmou Hugo Motta.