Bras�lia, 12 - O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) publicou nesta quinta-feira, 12, em sua conta no Facebook uma foto em que aparece com o ded�o para cima, em sinal de positivo para seus seguidores, informando ter protocolado na tarde de hoje um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
"Os fatos que levaram a cassa��o do ex-presidente Fernando Collor s�o bem menos graves e inconsistentes que os imputados � Sra. Dilma Rousseff", comentou na postagem. Publicado h� cerca de uma hora, o post tinha mais de 22 mil curtidas e quase 5 mil compartilhamentos.
O pedido, datado de hoje, tem que ser aceito pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para ser apreciado no Congresso Nacional. No documento, Bolsonaro pede que Dilma perca o cargo de presidente por den�ncia de crime de responsabilidade. Apesar de seu partido ser da base governista, Bolsonaro atua como sendo da oposi��o e se envolve em epis�dios p�blicos de embate com petistas, como a deputada Maria do Ros�rio (PT-RS). Ele tamb�m, que � militar da reserva, � autor de diversas falas pol�micas de defesa � ditadura.
Logo no primeiro item de considera��es do pedido de impeachment que protocolou, Bolsonaro j� faz uma defer�ncia � ditadura militar. "A hist�ria recente da democracia brasileira, garantida durante a necess�ria interven��o dos governos militares e mantida pelo livre exerc�cio pol�tico dos representantes eleitos do povo, registra a destitui��o de um mandat�rio do Poder Executivo por crime de responsabilidade."
Na sequ�ncia ele apresenta itens de argumenta��o de que o caso Collor tinha menor gravidade que a situa��o de Dilma, acusando-a de "evidente estelionato eleitoral e recorrentes atos de improbidade administrativa". O pedido diz ainda que a presidente est� vinculada ao partido que est� h� 12 anos no poder com a "compra da fidelidade de aliados" no Legislativo e com "programas sociais que escravizam e corrompem o eleitor".
Bolsonaro acusa a presidente Dilma de incompet�ncia e leni�ncia ao permitir a "malversa��o de recursos p�blicos" no esc�ndalo de corrup��o da Petrobras.