Bras�lia - Centrais sindicais v�o, nesta sexta-feira, 13, �s ruas de 27 capitais em todo o Pa�s em defesa da Petrobras, da reforma pol�tica e pela garantia dos direitos trabalhistas. A Central �nica dos Trabalhadores (CUT), organizadora dos atos, refuta a ideia de que os protestos sejam em defesa do governo, mas levanta a bandeira contr�ria ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. A pauta de reivindica��es tamb�m inclui maior interlocu��o com o Planalto. Os atos contam com apoio, em algumas capitais do Pa�s, do PT, do PC do B e do PSOL.
Da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), o vice-presidente Jo�lson Cardoso, que tamb�m � da dire��o do PSB, afirmou que estar� hoje no Rio de Janeiro "defendendo a Petrobr�s, a democracia e os direitos dos trabalhadores". Segundo ele, as manifesta��es de domingo s�o "em parte patrocinadas pelo PSDB, que n�o aceita ter perdido as elei��es".
A pedido do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), Jo�o Pedro St�dile, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), participa do ato de hoje � tarde na Cinel�ndia, centro da capital fluminense. No m�s passado, em discurso no Rio, Lula cobrou mais participa��o da milit�ncia e convocou St�dile a colocar "seu ex�rcito" na rua, referindo-se � capacidade de mobiliza��o da entidade. Cerca de 1.200 sem-terra s�o esperados na manifesta��o no Rio. Eles chegam � capital fluminense em 20 �nibus vindos de redutos do MST no Estado.
O MST n�o se prop�e a fazer a defesa do governo Dilma. A postura ser� a de defender a democracia. "Houve uma elei��o leg�tima e essa institucionalidade para o bem do Pa�s e da democracia deve ser defendida", disse St�dile na segunda-feira, 9. Al�m do MST, o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro pretende transportar em 15 �nibus cerca de mil filiados ao centro do Rio. A Pol�cia Militar organizou um esquema que prev� a mobiliza��o de 400 policiais para acompanhar o protesto.
Plataforma
Os sindicalistas que v�o hoje �s ruas v�o defender ao menos sete bandeiras diferentes. "Defesa da Petrobr�s, redu��o da jornada de trabalho, manifesta��o contra o impeachment da presidente Dilma, luta pelo fim do fator previdenci�rio, grito contra as medidas provis�rias do governo Dilma, garantia de uma Caixa Econ�mica Federal 100% estatal e fim do fator previdenci�rio", resumiu Cardozo, da CTB. A Conlutas, central ligada ao PSTU, n�o vai participar de nenhum dos dois protestos. "Nem com o governismo, no dia 13, nem pelo impeachment, no dia 15", resume a entidade.
Em S�o Paulo, o ato contar� com a ades�o de entidades representantes de trabalhadores do campo, como Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento do Pequeno Agricultor (MPA), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Federa��o da Agricultura Familiar do Estado de S�o Paulo (FAF), que encerram hoje a Jornada Nacional de Direito dos Trabalhadores Rurais, iniciada no dia 5. "Vamos nos somar � classe trabalhadora urbana", disse Delwek Matheus, membro da coordena��o nacional MST.
Reuni�o
As tr�s entidades fizeram, na quinta-feira, 12, um ato em frente ao escrit�rio da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica em S�o Paulo para pressionar o governo a atender reivindica��es que v�o desde a garantia da reforma agr�ria � redu��o da tarifa de energia el�trica. Enquanto uma comiss�o se reunia com representantes do governo, aproximadamente 1,5 mil trabalhadores rurais bloquearam parcialmente a Avenida Paulista com faixas e carro de som. Para o ato de hoje, o grupo ser� refor�ado com trabalhadores de outros Estados. A expectativa de Elvio Motta, da coordena��o estadual da FAF, � uma ades�o de 4,5 mil trabalhadores rurais.
