
Diferente do Brasil, onde a popula��o ganhou as ruas, no pa�s asi�tico � proibido reunir pessoas em ato de protesto. "Ao convidar as pessoas a participar, seja por meio do Facebook ou grupos de Whatsapp, fui alertada para o perigo de ser presa e deportada, caso f�ssemos para a rua protestar. Pela primeira vez na minha vida, senti um perigo real do que � viver em um pa�s onde a insatisfa��o com o governo n�o pode ser exposta e muito menos seus direitos democr�ticos reivindicados. Para que a "reuni�o" ( precisei evitar as palavras "protesto" e "manifesta��o" para os mais temerosos) acontecesse, tinha que encontrar um local seguro onde n�o tiv�ssemos qualquer tipo de problema", conta a advogada Gabriela Portes, que mora na China h� dois anos.
Para driblar a proibi��o, Gabriela e seus amigos se encontraram em um pub irland�s. Ela contou ao gerente do local qual era a situa��o e ele os acolheu. "Nossa vontade de mostrar solidariedade aos brasileiros que est�o indo �s ruas neste domingo foi maior que o medo de nos expor e do risco que corremos. Protestamos pelo fim da corrup��o, pela apura��o e puni��o dos envolvidos no esc�ndalo da Petrobras, pela reforma pol�tica, e porque n�o pelo Impeachment da presidente Dilma, por esta ter infringido a lei cometendo crime de responsabilidade, por ter se beneficiado de dinheiro p�blico para financiar a sua campanha eleitoral", desabafa a advogada.
