Rio, 16 - O vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, declarou h� pouco que as manifesta��es que tomaram diversas cidades do Pa�s neste domingo s�o "mais do que leg�timas" e que o tema da reuni�o da manh� desta segunda-feira, 16, com a presidente Dilma Rousseff, em Bras�lia, foi a busca de solu��es para responder ao "clamor das ruas". "Num sistema democr�tico, essa manifesta��es s�o mais do que leg�timas e, muitas vezes, at� necess�rias", afirmou Temer, durante almo�o com empres�rios da Federa��o das Ind�strias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). "Quando se v� esse clamor das ruas � porque alguma coisa est� errada", completou.
Segundo o vice-presidente, assim como nos protestos de 2013, o momento � de o governo tomar provid�ncias. "A t�nica da conversa (de manh� com Dilma) foi o que o governo pode fazer para atender ao clamor das ruas", afirmou Temer.
Temer conclamou os pol�ticos e n�o agir com arrog�ncia e agradeceu �s cita��es de seu nome, feitas pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, e pelo governador do Estado, Luzi Fernando Pez�o, como l�der import�ncia para atuar na atual crise pol�tica. "N�o vamos nos impressionar negativamente com os acontecimentos de ontem, vamos nos impressionar positivamente", afirmou Temer, para completar: "O movimento � incentivador de solu��es que, sem as reivindica��es, talvez n�o viessem".
Impeachment
Na reuni�o entre a presidente Dilma Rousseff e ministros, na manh� de hoje, a avalia��o foi de que a defesa da sa�da da presidente foi a demanda de "uma minoria", segundo o vice-presidente Michel Temer, que participou do encontro em Bras�lia. Temer afirmou no Rio que defendeu, na reuni�o, que os protestos fazem parte da democracia e devem ser levados em conta por serem reivindicat�rios.
"A ideia � de que havia uma minoria que, evidentemente, queria a sa�da da presidente, mas como fruto dessa inconformidade, talvez, com o governo", afirmou Temer, ap�s participar de almo�o com empres�rios da Federa��o das Ind�strias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O vice-presidente voltou a afirmar que n�o h� preocupa��o com uma eventual "perspectiva de sa�da" da presidente Dilma, algo que seria "inadmiss�vel e impens�vel".
A an�lise de Temer sobre a onda de protestos no domingo foi de que elas deveriam ser ainda mais levadas em conta do que os movimentos de 2013. "Devem ser lavados ainda mais em conta, n�o tenho d�vida", disse Temer, quando instado a comparar os protestos deste ano com os de 2013.
"Como esses movimentos j� se verificaram em v�rios momentos no Pa�s, temos que estabelecer di�logo produtivo com os v�rios setores, atentos aos movimentos de rua. Quando o movimento vai para rua, � porque a coisa est� um pouco mais grave do que parece", resumiu o vice-presidente.
Temer tamb�m diminuiu a import�ncia de uma reforma ministerial. "N�o sei se reforma ministerial resolve o assunto. Com toda franqueza, vai trocar tr�s, quatro, cinco ou seis ministros, e isso n�o vai resolver o problema", disse o vice-presidente, para quem uma reforma ministerial n�o � indispens�vel.