Bras�lia, 16 - O l�der do bloco de oposi��o no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), criticou a rea��o do governo �s manifesta��es realizadas nesse final de semana e classificou algumas iniciativas do Pal�cio do Planalto como "promessas recicladas" e "soltas a o vento".
No bojo das iniciativas que o Executivo deve tomar para tentar atender �s reivindica��es de parte da sociedade, que foi �s ruas, est� o lan�amento, ainda nesta semana, de um "pacote anticorrup��o". Dentre as medidas que podem ser anunciadas est� a regulamenta��o da Lei Anticorrup��o sancionada em agosto de 2013. A nova legisla��o prev� multa de at� 20% do faturamento para infratoras e permite acordos de leni�ncia.
"A resposta do governo � maior mobiliza��o popular de protesto da hist�ria da democracia brasileira � p�fia, � insuficiente. O governo com promessas velhas e recicladas oferece palavras soltas ao vento, que n�o atinge a alma da consci�ncia nacional. O que se exige do governo nesta hora � mudan�a radical e veemente", afirmou o tucano. L�der da oposi��o, o senador defendeu a redu��o "pela metade" da estrutura governo. "� o governo do paralelismo, da superposi��o das a��es, um governo perdul�rio. Que tem como matriz um modelo prom�scuo de rela��o desonesta entre os Poderes, com um balc�o de neg�cios, que aparelha o Estado brasileiro. Esse � o modelo repudiado nas ruas do Brasil no dia de ontem", emendou.
Na avalia��o dele, a tend�ncia � de as manifesta��es se manterem nas ruas com a falta de uma rea��o do governo. "Se o governo n�o oferecer resposta e se o Congresso n�o acompanhar, fazendo a leitura correta dessa mobiliza��o popular, certamente, esse movimento n�o sair� das ruas do Pa�s. O povo brasileiro est� cansado, perdeu a paci�ncia, n�o quer esperar a pr�xima elei��o, deseja a mudan�a radical j�", afirmou.
Para o tucano, o recado das urnas tamb�m teve como alvo os parlamentares e a crise que atinge o setor econ�mico. "Sem d�vida a leitura deve ser feita com correi��o e imparcialidade. O protesto se d� contra o governo num primeiro lugar, mas contra a classe pol�tica, que tamb�m n�o atende � expectativa do povo, especialmente porque n�o promove as medidas necess�rias para o Pa�s voltar a crescer. O tamanho da indigna��o � a maior que a impopularidade do governo".