S�o Paulo, 16 - O procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol, que integra a for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato, disse nesta segunda-feira, 16, em Curitiba, que a Procuradoria da Rep�blica no Estado do Paran� apresentar� na quinta-feira, 19, propostas de medidas jur�dicas de combate � impunidade e � corrup��o. Dallagnol, no entanto, n�o detalhou as propostas, que ser�o sugeridas por meio da C�mara de Combate � Corrup��o do Minist�rio P�blico Federal (MPF).
Ele declarou ainda que a expertise da Procuradoria da Rep�blica � relacionada ao modo como funciona a Justi�a Criminal e negou que v� sugerir mudan�as referentes a uma reforma pol�tica. "Isso � fun��o do Congresso Nacional", acredita. De acordo com Dallagnol, o trabalho da Procuradoria "n�o para aqui", ap�s um ano de opera��o. O procurador da Rep�blica prosseguiu afirmando que as investiga��es continuam.
Dallagnol admitiu, no entanto, que as descobertas da Lava Jato "indignaram" o Pa�s, mas n�o "o transformaram". Segundo o procurador, o diagn�stico � de uma situa��o calamitosa, mas n�o houve ainda atos concretos para acabar com a corrup��o e a impunidade. "Para uma sociedade mais justa, precisamos de transforma��es estruturais", julgou.
Dallagnol acentuou ainda que n�o v� a "corrup��o end�mica" como um fen�meno particular ligado ao "partido A ou B". Conforme o procurador, a corrup��o � um fen�meno pluripartid�rio. "Se n�s queremos que essa corrup��o diminua, devemos mudar a estrutura", repetiu.
O procurador acrescentou que n�o se deve adotar a "teoria da ma�� podre", que prega a retirada da fruta para limpar o cesto. "Essa � uma teoria internacional sobre corrup��o, muito criticada, que n�o devemos adotar; precisamos de mudan�a no sistema pol�tico e no sistema de Justi�a Criminal, mais efetiva", advertiu.
Na an�lise de Dallagnol, hoje, a corrup��o � um crime de "baixo risco". O procurador afirmou que, se o Pa�s quer combater esse crime, deve combat�-lo de "modo eficiente", e citou Hong Kong como exemplo internacional nessa �rea.