Bras�lia, 17 - A c�pula do PT vai defender a volta da CPMF, o imposto do cheque, como alternativa para manter os programas sociais em andamento diante do forte ajuste fiscal que ser� imposto pelo governo Dilma Rousseff. Al�m disso, o PT vai insistir na proposta de taxa��o das grandes fortunas, embora o governo pretenda enviar ao Congresso projeto de cria��o de um imposto federal sobre heran�as.
"O governo � uma coisa e o partido � outra", disse o presidente do PT, Rui Falc�o. "A presidenta vai mandar para o Congresso um projeto de taxar grandes heran�as, que hoje � um imposto estadual sobre qualquer heran�a. � preciso tomar cuidado para que n�o achem que n�s queremos tungar os velhinhos e as velhinhas. N�s queremos taxar as grandes fortunas, porque � isso que perpetua a desigualdade no mundo todo", disse o presidente do PT, Rui Falc�o.
A CPMF, por sua vez, n�o � chamada de imposto pelo PT. "N�o estamos falando de novo imposto. � uma contribui��o social sobre a sa�de", afirmou Falc�o.
O PT discorda da revis�o de direitos trabalhistas e previdenci�rios proposta pelo governo para cortar despesas, como as restri��es para acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial, e vai propor ao governo "fontes alternativas" para aumentar a arrecada��o. Na lista est�o a CPMF e o imposto sobre grandes fortunas. "Grandes fortunas, imposto sobre heran�a, financiamento da sa�de s�o bandeiras aprovadas em reuni�o do Diret�rio do PT. Eu n�o estou inventando a roda", comentou o presidente do PT.
Questionado sobre declara��es do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para quem medidas como a taxa��o de grandes fortunas n�o t�m tanto impacto, Falc�o disse que, embora seja "muito dif�cil" no Brasil mudar a estrutura tribut�ria "regressiva e injusta", o PT continuar� insistindo nisso por causa de sua base social.
"� um impacto que ajuda no ajuste fiscal e que dialoga com a nossa base tamb�m", admitiu ele. Na avalia��o de Falc�o, que se re�ne nesta quarta-feira com deputados do PT para discutir essas propostas, as mudan�as na base tribut�ria do Imposto de Renda tamb�m "reduzem a desigualdade e, al�m disso, favorecem a classe m�dia".