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Estado de Minas

Preso na Lava-Jato, lobista do caso Delta se cala em interrogat�rio


postado em 18/03/2015 18:19 / atualizado em 18/03/2015 18:29

O lobista Adir Assad - piv� do esc�ndalo da construtora Delta, em 2012 - permaneceu calado durante seu interrogat�rio nesta ter�a-feira, 17, aos delegados da Pol�cia Federal. Assad foi um dos presos na Opera��o Que Pa�s � Esse, d�cima fase da Lava Jato, deflagrada um dia antes, que teve como alvo central o ex-diretor de Servi�os da Petrobr�s Renato Duque.

A PF quis saber se Assad fez parte da engrenagem usada para desviar e lavar o dinheiro da propina paga por empreiteiras do cartel nas obras da Refinaria Presidente Get�lio Vargas (Repar), no Paran�. A obra de R$ 2,2 bilh�es teria sido alvo de desvios de pelo menos R$ 84,6 milh�es, afirma a for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal.

Den�ncia criminal contra Duque, Assad e outros 25 envolvidos, oferecida � Justi�a Federal na segunda-feira, 16, esclarece o caminho do dinheiro da propina que passou pelo lobista antes de chegar ao ex-diretor de Servi�os - tamb�m preso na segunda-feira - e seu ex-bra�o direito Pedro Barusco (que era gerente de Engenharia).

Um mapa desenhado pelos procuradores da Lava Jato mostra que do total desviado das obras da Repar via Cons�rcio Interpar (Mendes Jr, MPE e SOG), R$ 36,4 milh�es passaram por cinco empresas de fachada controladas pelo lobista (Rock Star, Power, Soterra, Legend e SM).

"Adir Assad controlava uma complexa estrutura de empresas", afirmou o procurador Deltan Dellagnol, coordenador da for�a-tarefa da Lava Jato. As empresas citadas na Lava Jato s�o parte da lavanderia criada pelo lobista e que foi usada no esc�ndalo envolvendo a construtora Delta e o bicheiro Carlos Cachoeira.

O destino final do dinheiro desviado da Repar era a cota da propina para Duque e Barusco - indicados pelo PT aos cargos que ocupavam para operar uma arrecada��o de 2% nos contratos da estatal.

O mapa da Lava Jato mostra que a propina ia da estrutura de lavagem criada por Adir para os dois agentes p�blicos de duas forma: em esp�cie entregues diretamente ao ex-diretor e ex-gerente da estatal, ou via contas no exterior que os dois mantinham (contas Dole Tech e Rhea), passando antes por uma conta de outro lobista, M�rio G�es (Maranelle).

"Assad ou retornava os recursos em esp�cie permitindo que os recursos, � partir da�, fossem usados para pagar propina sem que ficasse rastro do dinheiro ou ele providenciava os pagamentos diretamente no exterior", explicou o procurador, em entrevista na segunda-feira.

Ontem, Assad permaneceu calado ao ser questionado pela PF se ele era s�cio das cinco empresas de fechada. Os delegados ouvira ainda S�nia Branco, D�rio Teixeira Alves J�nior. O lobista foi questionado se havia depositado dinheiro em conta no exterior de M�rio G�es para repasse a Duque e Barusco e sobre sua rela��o com o delator Augusto Mendon�a e outros investigados. Ele permaneceu calado.

Apenas negou conhecer ou ter falado com Mendon�a, da Setal �leo e G�s (SOG), que confessou ter pago propina na Diretoria de Servi�os e na de Abastecimento, via estruturas criadas por quatro operadores alvos da Lava Jato: Assad, G�es, Alberto Youssef e Jo�o Vaccari Neto - tesoureiro do PT.

O advogado Miguel Pereira, que defende Adir Assad, recha�ou enfaticamente as suspeitas contra seu cliente. Pereira n�o admite a compara��o dos investigadores que atribuem a Assad o papel de operador de propina. "Assad � um engenheiro civil de forma��o, sempre trabalhou em obras, efetivamente trabalha em obras", declarou Miguel Pereira.

Assad � apontado pela PF como operador de propinas da empreiteira Delta, alvo de outro esc�ndalo envolvendo o contraventor Carlinhos Cachoeira, em 2012.

Miguel Pereira disse que "existem elementos para buscar a revoga��o dessa pris�o preventiva". "A situa��o (de Assad) n�o preenche nenhum requisito para a pris�o preventiva", pondera o advogado.


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