O ex-diretor de Engenharia e Servi�os da Petrobras Renato Duque, preso desde a �ltima segunda-feira (16), se negou, nesta quinta-feira, a responder as perguntas dos deputados durante a CPI da Casa que investiga o esquema de corrup��o instalado na estatal. "H� um tempo de calar e um tempo de falar. Essa � a hora de calar, do meu ponto de vista. E, por esse motivo, vou usar meu direito constitucional".
Apesar da afirmativa, os deputados pediram para fazerem as perguntas a Duque. "Permanecerei calado", respondeu o ex-diretor aos primeiros questionamentos. Duque est� preso desde a semana passada, condi��o que impediria sua ida � comiss�o. Duque foi preso na 10ª fase da Opera��o Lava-Jato e, de acordo com o Minist�rio P�blico, a pris�o foi motivada pela transfer�ncia feita pelo ex-diretor de 20 milh�es de euros da Su��a para o Principado de M�naco. A defesa de Duque negou a transfer�ncia.
Com a pris�o, houve d�vidas a respeito do depoimento de Duque na comiss�o. Um ato da Mesa diretora da C�mara de 2006 pro�be depoimentos de presos nas depend�ncias da Casa. Em raz�o disso, a CPI chegou a solicitar ao juiz S�rgio Moro ouvir Renato Duque nas depend�ncias da Pol�cia Federal ou do Minist�rio P�blico Federal, em Bras�lia. Moro chegou a acatar o pedido da CPI, marcando o depoimento de Duque para o audit�rio da Superintend�ncia da Pol�cia Federal, em Bras�lia.
Para os investigadores da Lava-Jato, Duque � o elo do PT com o esquema de desvios na petroleira. Segundo o Minist�rio P�blico Federal (MPF), teriam sido captados na gest�o de Duque cerca de R$ 650 milh�es em propinas sobre contratos fechados de 2004 a 2012 com as seis empreiteiras que teriam integrado cartel para assumir neg�cios bilion�rios na estatal. Ele nega ter envolvimento com esquema.
Pris�o em novembro
Duque chegou a ser preso em novembro do ano passado, mas foi solto por decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a PF, Duque foi flagrado tentando ocultar patrim�nio n�o declarado mantido na Su��a e por essa raz�o foi feito novo pedido de pris�o. Uma das opera��es envolveu a transfer�ncia de 20 milh�es de euros para uma conta no Principado de M�naco. A Pol�cia Federal j� afirmava que, mesmo ap�s deflagrada a Lava Jato, em mar�o do ano passado, o ex-diretor transferiu dinheiro da Su��a para Estados Unidos e Hong Kong. A defesa do ex-diretor negou a exist�ncia de movimenta��es financeiras.
Com Ag�ncias