Ap�s quatro horas de sess�o da CPI da Petrobras, o ex-diretor de Engenharia e Servi�os da Petrobras Renato Duque deixou o plen�rio repetindo que tinha a obriga��o de seguir a orienta��o de sua defesa e que n�o teria problemas em falar no futuro sobre as quest�es levantadas pelos parlamentares. "Estou com a consci�ncia tranquila e vou me defender na hora certa", declarou.
Em breves palavras, Duque disse que n�o se declararia culpado, "muito pelo contr�rio", mas que iria provar no momento adequado que seus bens s�o fruto de seu trabalho na Petrobras. "Lamento que a companhia esteja nessa situa��o e obras estejam parando", comentou.
Ele tamb�m respondeu a alguns parlamentares que reclamaram dos custos de sua vinda de Curitiba � Bras�lia sem que ele decidisse dar detalhes do esquema de corrup��o na estatal. O ex-diretor disse que n�o poderia ser responsabilizado pelos gastos porque j� havia sido comunicado previamente que n�o falaria.
Duque quebrou o sil�ncio poucas vezes na sess�o, s� quando sua fam�lia era o alvo das perguntas dos deputados. Ao responder a uma quest�o da deputada Eliziane Gama (PPS-MA), Duque negou que seu filho tenha rela��o com as empresas envolvidas no esc�ndalo da Petrobras.
O ex-diretor da Petrobras explicou que seu filho trabalhou na Technip no Brasil e em Houston (EUA) e que a empresa n�o � ligada � UTC Engenharia, como sugeriu a deputada. Ele contou que seu filho foi recrutado por um headhunter e que na �poca consultou formalmente o departamento jur�dico da Petrobras para checar se haveria algum impedimento para a contrata��o. Segundo Duque, seu filho deixou a empresa para montar seu pr�prio neg�cio h� alguns meses.