Corrup��o atual � um beb�, n�o senhora idosa, rebate FHC

S�o Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) rebateu a afirma��o da presidente Dilma Rousseff (PT) de que a corrup��o � uma senhora idosa no Brasil. Em entrevista � Globo News, disse que o esc�ndalo de corrup��o na Petrobras traz � tona algo completamente novo em termos de corrup��o praticada no Pa�s, em que uma organiza��o de pessoas estabeleceu um sistema de sustenta��o de partidos e liga��o a empresas para abastecer os caixas das legendas. "Isso � um fato novo. Essa corrup��o n�o � uma senhora idosa, � uma mocinha, um beb� quase", disse o tucano.

FHC repetiu a declara��o que tinha dado ao longo da semana de que, pela propor��o que a corrup��o ganhou na Petrobras, considera imposs�vel que o ex-presidente Lula e Dilma n�o soubessem, pois algo assim acaba sendo do conhecimento de todos no governo.

O ex-presidente argumentou que, em seu governo, a indica��o pol�tica para cargos de diretoria na estatal, feita por partidos da base, era bem mais incomum. Ele se disse lembrar de duas indica��es pol�ticas - de Jos� Coutinho Barbosa e do hoje senador petista, mas � �poca integrante do PMDB, Delc�dio Amaral.

Impeachment

Apesar de dizer torcer para que Dilma possa terminar seu mandato, FHC voltou a defender que o impeachment, diferentemente dos clamores por golpe militar de alguns grupos, � um instrumento da democracia. E comparou os pedidos para afastamento da petista �queles que ele viu durante o seu segundo mandato (1999-2002). "Esse 'Fora Dilma' � como o 'Fora FHC'. A Dilma hoje simboliza, � alvo dessa irrita��o. Mas n�o creio que seja transcrito em passos exatamente para tir�-la do poder. Vai depender da comprova��o de delitos e da opini�o p�blica", afirmou.

Sobre os cartazes e manifesta��es no dia 15, mesmo que minorit�rios, mas que pediam a volta da ditadura, FHC avaliou que s�o resultado da falta de coordena��o atual entre as for�as pol�ticas organizadas. O v�cuo, permite, segundo ele, o alastramento de ideias radicais. Mas, Fernando Henrique n�o acha que h� espa�o para esse tipo de ideia prosperar. "Eu n�o me amedronto com isso. Em muitos momentos da hist�ria, essa irrita��o � natural, mas n�o creio que isso v� prosperar pois a sociedade brasileira est� bem organizada."