
Porto Alegre - A presidente Dilma Rousseff (PT) foi recebida com festa na manh� desta sexta-feira pelas quase 3 mil pessoas no assentamento Lanceiros Negros, do MST, na regi�o metropolitana de Porto Alegre, aos gritos de "Dilma, Dilma". A previs�o � de que Dilma discurse na inaugura��o da unidade de secagem e armazenagem de gr�os da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Regi�o de Porto Alegre (Cootap). A presidente visitou outro assentamento, onde acompanhou a abertura simb�lica da Colheita do Arroz Ecol�gico.
Ela est� na companhia do governador do Rio Grande do Sul, Jos� Ivo Sartori (PMDB), que foi vaiado pela plateia, e dos ministros Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Pepe Vargas, da Secretaria de Rela��es Institucionais, Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agr�rio, e Tereza Campelo, do Desenvolvimento Social.
A maior parte dos presentes � do MST e da CUT (Central �nica dos Trabalhadores), mas tamb�m h� membros de outros grupos, como o CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), MBA (Movimento dos Atingidos por Barragens) e MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia). Eles aguardam a presidente desde o in�cio da manh�. Muitos vestem camisetas do PT e levam bandeiras com a sigla do partido ou com o nome de Dilma.
Enquanto esperava, o p�blico cantava m�sicas regionalistas e entoava gritos de defesa ao governo e � Petrobras, como "Nem que a coisa engrossa, a Petrobras � nossa".
Entre a multid�o era poss�vel encontrar muitos jovens que n�o usavam camisetas ou bon�s do MST ou da CUT. Um deles contou � reportagem que estuda em uma escola municipal, no turno da noite, e que teve feriado escolar decretado para poder participar do evento. O prefeito de Eldorado do Sul, onde ficam os assentamentos, � Sergio Munhoz, do PSB.
O principal l�der do MST, Jo�o Pedro St�dile, est� presente no local. Ele mobilizou os membros do MST a irem �s ruas na �ltima semana para apoiar o governo Dilma, mas tamb�m fez cr�ticas � pol�tica econ�mica da presidente e cobrou mais aten��o aos direitos dos trabalhadores. A visita de hoje � considerada uma tentativa de reaproxima��o de Dilma das bases sociais que ajudaram a reeleg�-la em 2014.