Pelo Facebook, Ciro Gomes exige ren�ncia de Eduardo Cunha

Fortaleza, 20 - Ciro Gomes, irm�o mais velho do ex-ministro da Educa��o, Cid Gomes, ambos do Pros, compartilhou no seu perfil pessoal no Facebook uma p�gina que exige a ren�ncia do presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). A p�gina foi criada logo ap�s Cid ter entregado o cargo � presidente Dilma Rousseff. O movimento tem o nome "Eu exijo a ren�ncia de Eduardo Cunha" e contava, at� o in�cio da noite desta sexta-feira (20/03), com 3.297 curtidas. Cid est� descansando em Fortaleza. N�o tem aparecido em p�blico e evita a imprensa.

"Se o Cid saiu por falar a verdade, ent�o como pode algu�m envolvido no esc�ndalo da Lava Jato presidir a C�mara dos Deputados do Brasil", informa uma descri��o curta sobre a p�gina. Na �ltima postagem, o gerenciador pede que compartilhem. "J� conseguimos tr�s mil membros em menos de dois dias. Mas a p�gina precisa atingir pelo menos 50 mil membros", conclama.

Entre as poucas postagens, tem uma como t�tulo "As aventuras de Eduardo Cunha, dono do balc�o de neg�cios da C�mara", que fala sobre os inqu�ritos no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Eduardo Cunha.

Ciro Gomes tamb�m tem evitado dar entrevistas. Na manh� de quarta-feira (18/03), mesmo dia da ida de Cid ao Congresso Nacional, ele falou com o blogueiro cearense Eliomar de Lima. Antecipou a poss�vel sa�da do irm�o do minist�rio, o que aconteceria horas depois.

Ao comentar a ida do irm�o, o agora ex-ministro da Educa��o, Cid Gomes, � C�mara dos Deputados, Ciro disse que falar a verdade no Brasil � um "pre�o que deve ser pago", al�m disso, falar a verdade "custa caro". Cid Gomes foi convocado para prestar esclarecimento no plen�rio da Casa, ap�s declarar que havia "400, 300 achacadores" do governo na C�mara.

"Falar a verdade neste Pa�s, especialmente, nestes tempos, custa muito caro. Mas acho que esse pre�o tem que ser pago, porque quem faz hist�ria n�o s�o os pilantras que hoje dominam a cena nacional e sim os homens que n�o se abatem diante dos constrangimentos", afirmou, antes da demiss�o. Perguntado se o irm�o deveria confirmar ou pedir desculpas por ter dito que havia "300,400 achacadores no Congresso", Ciro respondeu: "Eu acho que ele tem que afirmar o que disse. Explicar porque disse isso e voltar para casa serenamente".

Ciro fez duras cr�ticas ao governo da presidente Dilma. "Qualquer governo que n�o queira cair tem prestar aten��o com muita humildade ao recado das ruas. N�o adianta separar que foi eleitor advers�rio - tem tamb�m - que foi eleitor da direita, da esquerda - tamb�m tem. O que � preciso entender � que jamais se viu multid�es desse tamanho se movimentarem se n�o houver uma raz�o real. E essas raz�es reais o governo precisa ter a sensibilidade, a mod�stia, a sensibilidade e a compet�ncia para entender", aconselhou.

Para ele, o pacote anticorrup��o "passa longe do que importa". Na avalia��o de Ciro, a economia � o ponto em quest�o e disse que a moeda brasileira est� "derretendo" diante das moedas internacionais. "Essas raz�es reais o governo Dilma precisa ter sensibilidade, mod�stia, humildade e a compet�ncia para entender, para evitar a repeti��o delas", alertou.

Ciro disse ainda que mudan�as s�rias na economia brasileira precisam ser realizadas e n�o "o lan�amento de um pacote de bondades". Segundo ele, a recess�o � um amea�a ao empreendedor e daqui a pouco, avan�ar� sobre o n�vel de emprego do Pa�s. "A infla��o est� a� e isso � um quadro muito preocupante", advertiu.