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Estado de Minas

PMDB adapta discurso ao ajuste fiscal


postado em 21/03/2015 08:37 / atualizado em 21/03/2015 13:03

Bras�lia, 21 - Preocupada em se salvar do turbilh�o de esc�ndalos que atinge o governo do qual faz parte e o Congresso que comanda, a c�pula do PMDB vai propor � presidente Dilma Rousseff que fa�a uma reforma administrativa e “corte na pr�pria carne” no ajuste fiscal. A mudan�a de estrat�gia do partido, que at� ent�o s� aparecia brigando por cargos, foi definida em almo�o promovido por Michel Temer, na quinta-feira, no Pal�cio do Jaburu, resid�ncia oficial do vice-presidente da Rep�blica. A ideia � tentar melhorar a pr�pria imagem - descolando-a do fisiologismo e associando-a ao discurso de austeridade - para a campanha eleitoral nos munic�pios do ano que vem.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), alvo citado na lista de pol�ticos suspeitos de participar do esquema de corrup��o na Petrobr�s, chegou a defender no encontro a “refunda��o” do governo Dilma. A ideia � deixar para tr�s

A proposta que o PMDB vai levar a Dilma inclui o discurso segundo o qual � preciso diminuir o n�mero de minist�rios - hoje s�o 39 - e de cargos comissionados do governo - cerca de 20 mil.

No que se refere � redu��o de minist�rios - 5 s�o ocupados por representantes do PMDB -, o presidente da C�mara e desafeto do Pal�cio do Planalto, Eduardo Cunha (PMDB), j� havia anunciado que sua prioridade era p�r em vota��o uma proposta de emenda � Constitui��o que reduz o n�mero de pastas para 20. Temer e seus aliados do partido, por�m, acham que n�o � caso de impor uma PEC. Primeiro, � preciso negociar com Dilma para que ela encampe a ideia.

Na avalia��o interna do PMDB, existe a certeza de que o eleitor cobrar�, nas urnas, a conta por apoiar as medidas amargas do ajuste fiscal. Diante dessa perspectiva, o partido entende que o governo precisa enviar uma mensagem clara de que tamb�m faz a sua parte, reduzindo o tamanho de sua m�quina, economizando despesas e revisando contratos dispendiosos.

Desconfiado

A reforma administrativa sugerida pelo PMDB � vista com desconfian�a pelo Pal�cio do Planalto. N�o sem motivo: foi uma das principais bandeiras defendidas na campanha pelo senador A�cio Neves (PSDB-MG), principal advers�rio de Dilma.

Em conversas reservadas, no entanto, dirigentes do PMDB dizem que “todo empres�rio em crise corta custo, enquanto o governo prefere aumentar tributos”. Eles argumentam que, do jeito que as propostas do governo est�o postas, o ajuste ser� visto pelos eleitores como algo que “arrocha, desemprega e espreme”. E que aumentos como tarifa de �nibus, conta de luz e de g�s s�o temas muito sens�veis nos debates das campanhas municipais, como as que ocorrer�o no pr�ximo ano.

O Planalto avalia que, com todos esses movimentos, o PMDB quer p�r de novo a “faca no pesco�o” de Dilma, para pression�-la a entregar minist�rios com mais or�amento e visibilidade. Atualmente, o PMDB controla sete pastas (Minas e Energia, Agricultura, Turismo, Avia��o Civil, Portos, Assuntos Estrat�gicos e Pesca).

No governo, � dado como certo que o ex-presidente da C�mara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) ser� integrado � equipe. As negocia��es em torno de mais espa�o para o PMDB numa eventual reforma ministerial, por�m, n�o t�m provocado entusiasmo.

O minist�rio do Turismo, oferecido a Alves, j� � ocupado pelo PMDB, com Vinicius Lage, da cota de Renan. A mudan�a nessa pasta � vista como opera��o digna de “pisar em ovos”, para n�o desagradar ao presidente do Senado.

O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva sugeriu a Dilma levar o PMDB para a articula��o pol�tica, mas o partido n�o quer a vaga. Est� de olho em Integra��o Nacional, considerado um importante instrumento de atua��o pol�tica, mas insuficiente para livrar a legenda do peso de copatrocinar reformas impopulares.

A an�lise sobre o custo-benef�cio da ocupa��o de determinados cargos, em meio � crise cada dia mais grave, j� foi adotada pelo PMDB em rela��o ao posto de l�der do governo no Senado. Desde que Eduardo Braga saiu dessa cadeira para ser ministro de Minas e Energia, a vaga n�o foi preenchida e o governo segue sem l�der na Casa. “Deixamos a indica��o para o governo, para o PT”, desconversou Eun�cio. N�o h� no PMDB a inten��o de expor ningu�m para defender o ajuste no momento em que o PT critica as medidas.  


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