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Estado de Minas

Ex-tesoureiro do PT adota estrat�gia arriscada para se defender da Lava-Jato

Acusado de receber propina do esquema da Lava-Jato, tesoureiro do PT resiste � ideia de se afastar da sigla. Para uma ala do partido, sa�da pode ser encarada como atestado de culpa


postado em 26/03/2015 06:00 / atualizado em 26/03/2015 07:29

Vaccari, segundo o MPF, tinha papel ativo no esquema de corrupção (foto: Renato Ribeiro Silva/Futura Press/estadão Conteúdo - 5/215)
Vaccari, segundo o MPF, tinha papel ativo no esquema de corrup��o (foto: Renato Ribeiro Silva/Futura Press/estad�o Conte�do - 5/215)

Bras�lia – Enquanto o afastamento de Jo�o Vaccari Neto divide petistas no Congresso, o tesoureiro do PT resiste � ideia de deixar o cargo e se aproxima da ala que defende sua perman�ncia. A tese � de que, se ele se licenciar, passa o recibo de que se envolveu nas irregularidades investigadas na Opera��o Lava-Jato. Outra tend�ncia na sigla quer isol�-lo a fim de minimizar os desgastes da presidente Dilma Rousseff. Reservadamente, no entanto, um pequeno grupo da legenda admite que o melhor seria Vaccari deixar o partido.

H� dois dias, ap�s ser denunciado na primeira inst�ncia por corrup��o, lavagem de dinheiro e forma��o de quadrilha, alguns petistas esperavam que o tesoureiro cedesse � press�o e anunciasse uma licen�a tempor�ria da legenda, sob a justificativa de que precisaria se concentrar na defesa depois de ter virado r�u no processo da Opera��o Lava-Jato. Nessa qurata-feira, predominou o entendimento de quem defende o tesoureiro. “Vaccari n�o sai pela mesma raz�o que Eduardo Cunha (presidente da C�mara) e Renan Calheiros (presidente do Senado) – tamb�m citados na Lava-Jato – n�o sa�ram”, defendeu o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), que � a favor de ele se explicar no cargo.

Por outro lado, h� petistas que consideram que Vaccari n�o vai resistir. “Ele n�o vai aguentar a press�o. Quem defende a perman�ncia � porque defende ele. Mas h� uma outra ala que espera que ele anuncie a sa�da para evitar mais sangramento � legenda. A situa��o pol�tica est� ficando insustent�vel”, afirmou outro parlamentar da sigla.

Por n�o ter mandato parlamentar, o processo do tesoureiro est� em primeira inst�ncia, no �mbito da Justi�a Federal. Vaccari � acusado de receber propina no esquema de corrup��o que desviou milh�es da Petrobras. � CPI da Petrobras, o ex-gerente da estatal Pedro Barusco estimou que o tesoureiro tenha movimentado cerca de US$ 200 milh�es em propina. “(Vaccari) n�o apenas conhecia (o esquema de corrup��o), mas o comandava, direta ou indiretamente”, diz a den�ncia do Minist�rio P�blico.

EMPREITEIRAS O ministro-chefe da Advocacia-Geral da Uni�o (AGU), Lu�s In�cio Adams, defendeu nessa quarta-feira a possibilidade de empreiteiras investigadas na Opera��o Lava-Jato fecharem acordos de leni�ncia com a Controladoria-Geral da Uni�o (CGU). A proposta � criticada por parlamentares da oposi��o e pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) por, supostamente, prejudicar o andamento das investiga��es e servir de “acordo de conveni�ncia” para salvar construtoras. Mesmo sofrendo multas e outras san��es, as empresas poderiam continuar firmando contratos com o poder p�blico, caso fechem os acordos. No Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), os ministros decidiram nessa quarta-feira  postergar o julgamento que decidir� sobre a possibilidade dos acordos. At� o momento, cinco empresas j� manifestaram interesse – Engevix, OAS, Galv�o Engenharia, SBM Offshore e Toyo Setal. � tarde, a Galv�o Engenharia, uma das 16 empresas investigadas na Lava-Jato, apresentou � Justi�a do Rio pedido de recupera��o judicial. (Colaborou Eduardo Milit�o)


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